Evolving Sounds

Nesse mês de outubro que passou, me senti presenteada com um álbum novo da pequeno prodígio Sabrina Carpenter. Eu falei dela aqui no Mesa e, sendo a moça uma constante nas playlists do Café para ouvir, nada mais justo do que eu tirar um tempo para falar sobre o EVOLution, segunda coletânea de músicas compostas e cantadas por essa brilhante disney star.

Diferentemente de Eyes Wide Open, EVOLution tem um rítmo próprio. Prima por batidas de diversas referências bem claras, como Tove Lo, Two Door Cinema Club, Florence + the machine, Halsey, entre muitos outros, que gostam de misturar a melodia do pop, com um tom forte eletrônico, mas que corre de ofuscar o potencial vocal da moça. Chega bem próximo ao conceitual, talvez só não chegue, porque não é pretensioso. Na verdade, passa longe de o ser e Sabrina convence pelo gogo e pelas letras maduras, principalmente para uma moça de seus 17 anos.
Inclusive, ela não aparenta ter essa idade. Nem pela voz, nem sobre o que canta e nem como rege os enredos musicais de EVOLution

O que permanece verdadeiro, então, é o fato de que suas músicas são suas. Sabrina as domina como dona da própria habilidade de cantar e de escrever histórias melódicas, que não se resumem ao crush do colégio, à paixão platônica da sexta série, ou ao sentimento de crescer. Ela questiona seus limites, suas paixões, seus insights e seus medos. Trava uma batalha constante entre o que quer transmitir, o que conhece e o que quer conhecer, fazendo uma linda coletânea de músicas sobre amadurecimento e sobre o que vem com isso.
Apesar da profusão de letras interessantes, é claro que o objetivo de EVOLution não é, apenas, o de nos convencer das habilidades de Sabrina, mas de nos envolver com um grupo de músicas que causam estranhamento, de início (uma vez que jogam em uma direção um pouco diferente dos trabalhos anteriores da artista), mas que mostram como, em um ano houve uma evolução (num bobo trocadilho) tremenda no trabalho da moça.
Talvez conseguindo algo que até a Ariana Grande tem tentado de modo mais brusco (falei sobre isso aqui), Sabrina chega dizendo que está se tornando uma mulher complexa e o seu sex appeal está chegando na medida certa, no tempo certo e quando chegar, será ainda maior que o EVOLution. Mal posso esperar para o que virá em seguida.

Músicas favoritas desta que vos fala: Run & Hide; Feels like loneliness; Don't want it back e Thumbs.

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