Àqueles que amamos, o que deixamos?

Existem amigos que estão em nossas vidas há anos. alguns deles realmente presentes e outros que se afastaram momentaneamente. Mesmo assim, percebemos que se são amigos serão independente das distâncias, dos medos e dos caminhos que trilhemos.

O drama independente O Funeral do nosso Melhor Amigo trata disso e de outras questões relacionadas à amizades de muitos anos e de que maneira(s) somos pegos nas tramas as quais, às vezes, nos mostram um outro lado daqueles que achávamos conhecer tão bem.
Dirigido e escrito por Ted Koland (sendo este o seu filme de estreia na direção), o longa se foca na subta morte de Lumpy (Tyler Labine) durante o casamento de Scott (Justin Long) e Kristin (Jess Weixler), o qual Lumpy era o padrinho. Forçados a adiar a lua de mel por conta do ocorrido, o casal precisa voltar à sua cidade natal e cuidar dos preparativos para o funeral e enfrentar, antes do previsto, alguns compromissos que chegaram com o casamento. No meio do caminho, eles descobrem que Lumpy não era exatamente a pessoa que eles conheciam, mais ainda depois que Ramsey (Addison Timlin) entra em cena.

Bom, não é preciso dizer que o foco do filme está na história que conta, né? Até por conta de ser um fime B.O (baixo orçamento) e ter uma cara de feito entre amigos, O Funeral do nosso Melhor Amigo lembra, em muitos termos About Alex, que falamos sobre aqui , quando se baseia em um grande acontecimento relacionado à um amigo para disparar um gatilho de acontecimentos e reflexões; e também tem uma certa semelhança com The art of getting by, quando trata de relações humanas que se entrelaçam de uma forma fugaz, porém decisiva. O roteiro, definitivamente, é a maior 'arma' desse filme, que é, basicamente ligado à ideia de quem é Lumpy verdadeiramente. O que ele deixou para trás, o que ele levou consigo e de que forma ele entrou e permaneceu na vida de cada um deles. 

Sem grandes momentos de câmera, fotografia ou edição, as quase duas horas de filme seguem por um caminho mais de reflexão, onde escutamos com calma os diálogos dos personagens, em busca constante de encontrarem um novo centro de vida, em meio as atribulações de expectativas de si e dos outros. 
Ao final, levemente açucarado, entendemos que se trata realmente da plena e profunda vontade de ser feliz. E sim, participam dessa felicidade aqueles que amamos verdadeiramente.

O funeral do nosso melhor amigo está na minha lista de 24 filmes para 2016, proposto pelo Blogs que Interagem, na categoria Independente.

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