Mulher Selena

Carinhosamente apelidada de Menina Selena, a cantora/atriz Selena Gomez tenta ir além dessa primeira visada, fortemente causada pela sua baby face, em seu novo álbum Revival, mostrando um lado mais maduro de sua carreira, que a gente vem acompanhando aqui no Mesa há um tempão.

Em Revival, Selena consegue se estabelecer de forma confortável no cenário do pop, com um público que a adora, mas que estava na máxima de dizer que todas as músicas da moça falavam do seu conturbado relacionamento com Justin Bieber. Bom, eu tenho minhas ressalvas e acho que a única música que eu, de fato senti um tom pessoal, antes do seu novo álbum foi em The heart wants what it wants, que inclusive lagrimei quando assisti à apresentação dela no AMA (se você não viu, clica aqui, que é linda demais). E mesmo assim, Revival trata exatamente do contrário disso. Fala de uma completa quebra com as concepções já formadas a cerca das suas músicas e suas vontades.

Selena saiu da Hollywood Records (selo que lançou os seus cds anteriores e é atrelado à Disney) e isso deu para perceber muito fortemente na forma como as músicas foram produzidas. O que eu elogiei aqui no Mesa sobre o Stars Dance, foi que a cantora já tinha, aparentemente, se inserido no meio pop dançante de balada e eu achava que ela estava "diboas" por lá, aproveitando as marés positivas de um cd bombante. Só que isso foi antes de Revival.
Para começo de conversa, Selena está realmente mais madura. Está mais sexy, tem mais atitude e isso transparesse no seu novo álbum. Esses fatores, aliados à um produtor que deixou a moça cantar -dentro da sua potência vocal, que não é enorme, e sem forçar a barra - colocando o auto-tune em segundo plano e de forma bem mais branca. Assim como a sua capa faz alusão, Selena está mais desnuda em Revival, mesmo que as sonoridades sejam familiares, é possível perceber uma nova assinatura se formando, ultrapassando a música de balada. Brava!

Para continuação de conversa, o álbum surpreende por ser todo bom. É coeso, tem ótimos momentos e até corre alguns riscos. A cada nova ouvida você gosta mais e mais das músicas, se identificando com algumas e achando outras divertidas. Também, diferente de Stars Dance (de um jeito positivo), até as músicas mais dançantes e pirantes tem letras e trazem algum tipo de mensagem, além da ferveção, do flerte e da festa.
This is a Revival...
Destaque para as músicas: Revival, Kill em with kindness (minha favorita do álbum), Hands to myslef (que pensei num videoclipe incrível, Sel, me liga!), Good for you, Sober, Rise (amo o refrão!) e Perfect.

Falta

"Eu preciso ir!", disse Olívia, enquanto encarava os olhos de decepção de José, ao passo que ele, decididamente não queria que ela fosse, ou que a despedida continuasse. Ele pensava que poderia, simplesmente beijar aquela boca de novo e pedir por mais três minutos. Mas talvez não devesse. Ela, pensava que queria que ele pedisse aqueles três minutos...

Essa é a tônica do filme (e da série) Latitudes, estrelado por Alice Braga e Daniel de Oliveira. O enredo conta a relação (ou quase isso) de Olívia (Braga) e José (Oliveira). Ambos com carreiras consolidadas: ela como editora de moda e ele como fotógrafo, eles vivem realidades nômades e praticamente sem endereço fixo, ou algo para chamar de casa. Numa dessas andanças eles se encontram e desde aí, mais sete destinos cruzam os caminhos desses andarilhos pós modernos e nós ficamos tão perdidos quanto eles, entre as mais diversas formas de entrar nessa história.
Diversas formas, porque num ineditismo digno de notabilidade, Latitudes é uma história contemporânea (e não só pelo tema de sua narrativa), sendo lançada primeiro no youtube, com oito episódios para a web, divididos nos oito destinos em que os personagens viajam, em seguida a história foi para a TNT, onde condensou os episódios de modo deslinear e intermediário a web e ao filme, a terceira plataforma, que na edição brinca com a linearidade dos destinos, ao mesmo tempo em que, conforme vamos chegando ao fim, os mistura numa edição muito mais sentimental, do que cronológica. 

Sem entregar tudo no filme, as duas versões de série trazem informações novas e pontua detalhes que podem ter passado despercebidos no formato anterior, reafirmando que a edição é a principal ferramenta para construir Latitudes
Além do seu aspecto transmidiático (que é muito apelativo para esta que vos fala) e de edição, os atores constroem personagens complexos através de olhares, sorrisos e toques. A complexidade desses personagens é explorada em círculos viciosos de ações, diálogos intensos e as suas necessidades, inicialmente animalescas e depois humanas. Alice e Daniel são dignos de aplausos, também por segurarem um enredo grande apenas entre eles, uma vez que não são presentes recursos muito maiores que suas vozes, seus corpos e alguns leçois.
Também ressalto a cautela em uso de cenários, de modo que eles viram personagens, principalmente os quartos de hotéis e os, aparentemente, inóquos lugares que dizem muito respeito a que eles estão passando e pensando, especialmente o café em Buenos Aires, a praça em Istambul e a casa em José Ignácio. 

Escrito e dirigido por Filipe Braga, o Latitudes tem um ritmo que pode surpreender aos olhos desavisados daqueles que pensavam encontrar-se frente a uma comédia romântica; isto porque não se trata de uma comédia, muito menos romântica, no sentido tradicional de chick flick. Está muito mais num lugar intermediário de uma offbeat e um drama, se focando em intensos diálogos. A estrutura narrativa do filme lembra muito Antes do Amanhecer e é possível fazer uma relação dos personagens com os do filme citado, mas talvez a diferença primordial (além da forma como a história é contada) esteja no compasso, repleto de falta de tempo, falta de espaço, falta de si, falta de casa.

"Deixa uma janela aberta!", Olívia pede antes de sair e José a encara como se não pudesse mais aguentar aquela situação. "Eu não te conheço", ele diz e nós também não. Nem ela, nem ele, porque as suas respectivas vidas são um total mistério. Temos ideia das suas psiquês, mas somos quase cegos, assim como eles, conforme se envolvem um com o outro, só conduzidos à um final completamente plausível e ansiosos por mais. 
Ainda bem que tem mais!

Poderosa

Incorporando o discurso de empoderamento, feminismo e total confiança em si mesma, Demi Lovato está com tudo e desde "Unbroken" tem sido responsável por diversos discursos e emprestando a sua imagem à campanhas anti-bullyings, "love is louder", auto estima e muitas outras.
Sim, ela está com tudo mesmo! Em várias capas de revistas, lançou seu primeiro livro e segue além, como porta-voz da noção contemporânea de que é possível se suficiente para si mesma (pelo menos é assim que a sua imagem tem sido vendida, inclusive por ela mesma), porque afinal, citando RuPaul: "se você ama a si mesmo, para quê amar alguém mais?"
E assim, a menininha que estrelou Camp Rock, cantava sobre garotos e relacionamentos de adolescentes, precisou entrar na reabilitação e denunciou a pressão psicológica em cima de artistas muito jovens, reconfigurou a sua imagem fragilizada e há pouco mais de um ano depois de ser divulgadora de uma palavra de busca por uma auto-confiança, aparece tendo encontrado a si mesma, em um álbum novo e totalmente confiante (com o perdão do trocadilho, rss).

O cd, inclsuive, está sendo divulgado sob essa mesma égide, a de uma pessoa que, depois de passar muito tempo se auto-questionando resolveu construir a sua própria existência e sua própria auto-estima a partir do empoderamento de si. Confident é, claramente, uma continuação de DEMI, sendo detentor das mesmas características sonoras e líricas, uma vez que temos músicas que podem ser divididas em categorias iguais:
Temos as músicas dançantes; as românticas que não são de amor; as de redenção; as confecionais e de tom totalmente pessoal e, finalmente, aquelas que não são lá grande coisa, mas que dão margem para uma reinterpretação formidável no show.
Feminista, ou pós feminista, Demi realmente levou essa característica a uma potência elevada, de modo que além de ter conseguido reconfigurar a sua própria imagem, ela foi capaz de se dar a liberdade poética de lançar um cd bem mais ou menos, mas que se torna potente pelo discurso que incorpora. Mas é isso mesmo, Demi é poderosa e tem uma voz poderosa, metaforica e literalmente. Tem postura de que sabe o que quer e como quer e como temos precisado de referências assim, afinal vale a pergunta: "Qual o problema em ser confiante?"
Destaque para as músicas: Old Ways, Kingdom Come, Stone Cold, Waiting for you, Wildfire, Lionheart e Stars.

Verdadeiro ou falso? – A ciência por trás do veneno das Teleguiadas (tracker jacker).

Apresento para vocês a primeira contribuição de Amanda Mota, cafecólatra do Mesa e faladora de Ciência para além do jaleco. Vem ver!

Por Amanda Mota

Quando estava faltando menos de uma semana para a estreia nos cinemas da última parte de Jogos Vorazes - A esperança, tornou-se quase impossível eu não fazer uma maratona dos filmes ou reler todos os livros dessa saga literária que arrebatou fãs no mundo inteiro misturando uma boa dose de realismo, num mundo fantasiado de ficção. Digo isso por que é evidente o uso da narrativa romanesca para criticar a sociedade, seus preconceitos e formas de governo. 
Além dessa clara análise sobre o comportamento humano, pode-se identificar  que, desde o início, a saga abordou uma realidade nua e crua e o final não poderia ser outro senão, um fim digno de vida real, com consequências e sequelas que vão além da vontade do autor de definir tudo como uma grande ilusão de contos de fadas e um “felizes para sempre”.
Nesse novo e último filme da saga, nos deparamos com o uso de uma toxina responsável por distorcer, apagar e criar novas memórias em um dos personagens principais.
Peeta Mellark, conhecido por ser o grande vencedor da 74ª edição dos Jogos Vorazes, é sequestrado pelo presidente Snow e submetido a torturas físicas e psicológicas juntamente com o emprego da técnica de telessequestro, bem descrita no livro como: a utilização de várias doses de um veneno capaz de causar confusão mental, incapacidade de julgar o certo do errado e o que é real do que não é. Existe, também, a participação de um interlocutor que além de relembrar os acontecimentos para o prisioneiro, também adiciona detalhes que não existiam criando assim, uma memória falsa. E é isso que vamos abordar nesse texto. Falaremos, então, de algumas hipóteses que tornam o problema com Peeta, um problema real.

Primeiramente precisamos entender que a memória acontece devido a uma conexão neural mediada pela comunicação entre neurônios, a tão famosa sinapse. A informação, que é obtida por, pelo menos, um dos nossos sentidos é conhecida como memória sensorial. Ela é transmitida pelas sinapses e, a partir disso, existem dois tipos de memória que se seguem: a chamada de Curto Prazo, que basicamente é aquela que te impede de lembrar todos os números da sua agenda telefônica, afinal você não usa todos os números diariamente. E aquela que te faz lembrar do número da sua mãe (afinal mãe é mãe e você vai sempre precisar dela), que é a tão famosa memória de Longo Prazo.
Tudo isso acontece em áreas especificas no cérebro que se ligam e unem as sensações com as informações gerando assim a lembrança. Não ache que é por acaso lembrar de um acontecimento apenas por sentir um cheiro que estava presente naquele momento, como a cheiro de café te lembrando do trabalho ou a música do Michael  Jackson te lembrando do Vídeo Show. Tudo está interligado e é nesse momento de conexão que tudo pode mudar.
Como a grande pesquisadora Elizabeth Loftus conta em entrevista e evidencia em seus vários trabalhos, a memória é algo frágil e que pode ser manipulada. Num estudo específico, a cientista pegou um mesmo vídeo de dois carros em um acidente e mostrou para dois grupos perguntando para cada um deles a mesma coisa, porém com uma palavra diferente: para um grupo ela perguntou em que velocidade esses carros estavam quando se CHOCARAM e em outro grupo ela perguntou em que velocidade esses carros estavam quando eles se TOCARAM. Apenas a troca de palavras induziu o primeiro grupo a considerar uma média de velocidade bem mais alta do que a do segundo grupo. Em outra pesquisa ela entrevistou pessoas que já tinham ido a Disneyland e, no decorrer da conversa sobre essa experiência passada, ela mostrou um panfleto fake da Disney com seus diversos personagens e incluiu o Pernalonga. Na hora em que ela perguntou aos entrevistados quem estava presente a maioria revelou ter visto o Pernalonga e alguns, inclusive, deram detalhes do encontro com o personagem em plena Disneylândia. O que há de errado aí? Esse encontro jamais aconteceu! Afinal de contas, o Pernalonga é um personagem da Warner Bros e, portanto, nunca estaria na Disney. Logo, ela provou ser possível induzir memórias falsas em pessoas apenas mudando a forma como uma pergunta era feita.
Podemos, então, deduzir que é possível sim, o filho do padeiro ter tido a memória manipulada por um interlocutor durante sua “estadia” na capital.

Já para que Peeta adquirisse toda a personalidade esquiva, devemos levar em consideração o transtorno de estresse pós traumático. No qual a pessoa passa por uma situação de risco e acaba associando todos os detalhes dessa lembrança a algo ruim, tendo como principais sintomas:
-A reexperiencia traumática através de pesadelos e lembranças, a qualquer momento, do trauma vivido.
-Em consequência disso há a FUGA. A pessoa busca se esquivar de qualquer detalhe que possa leva-lo a reviver o trauma ou a lembrança do trauma novamente. 
-A hiperexcitabilidade psíquica na qual ocorrem episódios exagerados  arrecadando além de distúrbios psíquicos como : irritabilidade, agressão e hipervigilancia, também distúrbios físicos como os tão famosos ataques de pânico que consistem em transpiração, arritmia cardíaca, falta de ar, entre outros sintomas.
-A diminuição da afetividade: já que o medo se torna constante e a depressão e ansiedade acabam por modular a personalidade da pessoa a tornando distante, inexpressiva, com sentimentos de impotência, desejos de morte e perda da esperança.
Uma vez provada que a indução de memórias falsas é possível e a mudança de personalidade também,  vamos ao quesito: toxina.
Como já vimos, memórias são ligações feitas por neurônios. Essas ligações são mediadas pelas sinapses. Uma das formas de se impedir que as memórias de curto prazo se tornem permanentes ( consolidação da memória) é impedir que as sinapses sejam realizadas. Por isso drogas inibitórias podem fazer um efeito de “apagar a memória”. Isso foi apresentado em um estudo em que mostrou que um roedor que havia aprendido que um barulho é seguido de choque pode esquecer essa associação se for tratado por um inibidor de sinapses.
Já memórias de alguns anos, ou seja, as de longa duração, sofrem reconsolidação quando são revisitadas e numa dessas lembranças novos detalhes podem ser adicionados por um interlocutor em conjunto com uma reprogramação neural através da optogenética, ou como é conhecida, a técnica que utiliza a luz para estudar os circuitos neurais atuando em células específicas. Com isso, pode-se mudar quase que completamente as memórias já consolidadas. Esse experimento foi demonstrado pelo grupo de Susumu Tonegawa que reprogramou a circuitaria de um roedor para que ele se sentisse confortável em ambientes que antes geravam estresse. O contrário também foi comprovado e o roedor acabou ficando mais estressado em ambientes “planejados” para que se comportasse dessa maneira.

Tendo isso como base, podemos inferir que a toxina das teleguiadas (tracker jacker) são capazes de atravessar a barreira hematoencefalica (uma estrutura altamente seletiva que protege o sistema nervoso central). Lá, elas serão capazes de reprogramar as circuitarias neuronais instalando e ativando receptores de luz usando o princípio da optogenética. Quando as áreas responsáveis fossem identificadas pelas lembranças estimuladas (no caso cenas em que Katniss era a protagonista), um estímulo luminoso intenso sobre o indivíduo poderia alterar essa circuitaria causando esquecimento e até a reprogramação neuronal.
Apesar de parecer viável, ainda estamos longe de alcançar esse tipo de tecnologia. No entanto, em um futuro em que roupas pegam fogo e não queimam, uma reprogramação neural seria fichinha.

Fontes:
- minutos psíquicos: https://www.youtube.com/watch?v=OkUGmvQ_Snc
- Nerdologia:  https://www.youtube.com/watch?v=Bj-7axay48w
e https://www.youtube.com/watch?v=0t7atGJH9XM 
- Entrevista com: Elizabeth Loftus : https://www.youtube.com/watch?v=eZlPzSeUDDw
- TED com Elizabeth Loftus: https://www.youtube.com/watch?v=PB2OegI6wvI
- http://www.ic.unicamp.br/~wainer/cursos/906/trabalhos/curto-longo.pdf
- http://www.minhavida.com.br/saude/temas/transtorno-do-estresse-pos-traumatico 
- Roesler et al; Consolidação da memória e estresse pós-traumatico, Rev. Bras. Psiquiatr 25 (Supl I) 25-30, 2003.
-Mendlowicz e Figueira, Diagnóstico do transtorno de estresse pós-traumatico, Rev. Bras. Psiquiatr 25(Supl I) 12-6, 2003.
- Redondo, Roger L., Joshua Kim, Autumn L. Arons, Steve Ramirez, Xu Liu, and Susumu Tonegawa. "Bidirectional switch of the valence associated with a hippocampal contextual memory engram." Nature (2014).




Blogagem Coletiva: Meus filmes nacionais favoritos

To tão ausente das coisas e principalmente do grupo Blogs que Interagem, que me senti em débito com essa comunidade incrível, que só me acrescenta coisas boas e novas! Por isso tirei um tempo, do meu tempo corrido, para escrever esse post sobre os meus filmes nacionais favoritos e que faz parte dos temas da Blogagem Coletiva deste mês. Bom, como rolou o dia do cinema nacional neste mês (aconteceu no dia 9/11), achei mais que certo fazer este post, que inclusive tem muito a ver com a temática do Mesa, não é verdade?!
Tentei me concentrar em filmes que vocês conseguirão achar mais facilmente na internet, caso interesse a vocês e os quais eu considero que mais me marcaram por diversas razões, desde de emoção, risos, alegria e que me impressionaram pela estética ou mesmo quebra de formatos fílmicos pré-definidos. Essa lista me inspirou para fazer uma outra com curtas-metragens nacionais que também mexeram comigo, então fica ligado que vamos ter um prolongamento desse post logo logo ;)

Vamos lá, então?

15 - Romance (2008)

O filme Romance, com Wagner Moura e Letícia Sabatella conta a história de Ana e Pedro, um conturbado casal de atores que em vias de fazer "O Romance" de Tristão e Isolda nos palcos precisam entender a complexidade do amor entre os personagens, de modo que essa encenação mexe com os dois fora dos palcos também. Numa série de diálogos intensos e sobre a maestra interpretação de Letícia e Wagner vamos entrando cada vez mais nessa relação confusa, repleta de ciúmes, ansiedades e jogos de confiança, porém intensa de Ana e Pedro.

14 - Cidade baixa (2006)

Com Lázaro Ramos e Wagner Moura atuando em sua cidade natal, Salvador, os dois bahianos contam a história de Deco e Naldinho, amigos de infância que crescem e fazem uma incursão no mundo dos pequenos golpes. Quando a vida deles encontra com a de Karinna (Alice Braga) uma série de situações os levam a uma complicada trama.

13 - Lisbela e o Prisioneiro (2003)

Uma deliciosa comédia romântica que se passa num interior ingênuo do Brasil. Lisbela (Débora Falabella) é uma sonhadora moça, completamente apaixonada por cinema e seus grandes galãs dos romances, quando a sua vida se cruza com a de Leléu (Selton Mello) um cara de índole duvidosa e bastante enrolado, as cenas vão nos levando para um desfecho do jeito que a mocinha sonhou pra sua vida. Quem nunca ouviu a música "Você não me ensinou a te esquecer", não sabe o que é sofrência!

12 - Entre Nós (2014)

Depois de publicarem o seu primeiro livro, sete amigos escritores (Caio Blat, Maria Ribeiro, Júlio Andrade e Martha Nowill. Paulo Vilhena e Carolina Dieckmann) decidem comemorar a publicação numa casa de campo e durante o período em que passam lá resolvem escrever cartas para serem lidas 10 anos depois. Diferente de muitos filmes nacionais que vimos na grande tela, Entre Nós se foca nos personagens e no desenvolvimento deles, dando espaço para que os dramas sejam desenvolvidos e a psiquê de cada um deles seja explorada.  

11 - Hoje eu quero voltar sozinho (2014)

O filme conta a história de amor entre Gabriel e Léo, interpretados respectivamente por Fábio Audi e Ghilherme Lobo. Ambos são adolescentes e estão começando a conhecer o mundo, de modo que a incrível atração que vão nutrindo um pelo outro é intensa, mas verdadeiramente tocante. Falei sobre esse filme aqui.

10 - Uma história de Amor e Fúria (2013)

Uma excelente animação que levou cinco anos para ficar pronta, mas que é repleta de complexidades, camadas narrativas e um ótimo trabalho de animação. Nesse longa acompanhamos a história de Janaína e um guerreiro indígena, que em vias do descobrimento do Brasil é recrutado por Tupã para lutar contra Anhangá e as forças do mal. Sem vencer esta batalha, o guerreiro retorna outras vezes e reencontra o seu grande amor em todas essas vidas. 

09 - À Deriva (2009)

Com um enredo que trata dos dramas da chegada da idade adulta, este longa não se parece em nada com outros filmes destinados à este público produzido nos últimos anos, de modo que sua história pode nem ser apreciada logo de cara. Com Laura Neiva, que na época era estreante no mundo da atuação, Cauã Reymond, Deborá Bloch, Vincent Cassel e Camilla Belle, o filme aposta em atuações cruas, profundas e de difícil associação imediata, porque à deriva de tudo que envolve seus pais, irmãos e vizinho, Filipa (Laura Neiva) flutua atrás de si mesma.

08 - Que horas ela volta? (2015)

Filme que deu o que falar este ano realmente mexeu com esta que vos fala. Postei um comentário sobre o filme aqui e ainda agora me pego repensando sobre ele diversas vezes. Anna Muylaert já tinha mexido comigo em Obrigada por fumar, mas conseguiu me arrebatar com a história da empregada doméstica Val (Regina Casé), Fabinho (Michel Joelsas) e Jéssica (Camila Márdila).

07 - O menino e o mundo (2013)

Sentimental longa de animação que mexe com você de diversas maneiras. A começar pela sutileza e simplicidade dos traços que contam esta história, passando pela narrativa em si, que se centra no autodescobrimento e no descobrimento do que move o mundo, mesmo que essa resposta não seja o que mais importa. Ganhador de diversos prêmios de festivais especializados, se você ainda não teve a oportunidade de assistir esse filme, sinceramente, não sei o que está esperando!

06 - O homem das multidões (2013)

De Cao Guimarães e Marcelo Gomes, este longa metragem de ficção centra-se na história de Juvenal (Paulo André) e Margô (Silvia Lourenço), cada um nas suas próprias solidões, mesmo que imersos numa confusão profunda de gente e likes, vem no mundo lá fora a perfeita escapatória para a suas vidas vazias por dentro. De pretensa poética e complexa, o filme é o terceiro de Cao Guimarães sob a temática da solidão e da inquietude contemporânea.

05 - Jogo de Cena (2007)

Falei brevemente sobre esse filme aqui, mas como adoro-o demais acho que justo falar dele de novo e quantas mais vezes forem possíveis! Uma das obras mais marcantes de Eduardo Coutinho, para mim, Jogo de Cena é um documentário no limiar da ficção, brincando com o nosso senso do que é verdade, ficção e se é possível se ter verdade de um produto audiovisual. Explicando rapidamente, através de um anúncio no jornal, Eduardo Coutinho convidava mulheres que tivessem uma história para contar. Sua produção ouvia as história e escolhia algumas, depois de entrevistadas novamente, os textos dessas histórias eram interpretados por atrizes e num jogo de edição, os relatos se misturam.

04 - Elena (2012)

Também já falei sobre esse filme aqui no Mesa, de modo que ele se configura como um dos que mais me marcaram nos últimos anos. Tocante, poético e intenso, Elena é um documentário que muito mais do que desvendar a personagem título, desvenda as lembranças de uma irmã em busca de redenção e de uma lembrança em si. Petra Costa lançou um novo filme este ano, mas ainda não fui assistir, estou curiosa.

03 - O som ao redor (2012)

Um dos filmes mais significativos dos últimos anos, O som ao redor faz parte de um cenário de audiovisual brasileiro que talvez você não conheça (caso realmente não respire cinema como esta que vos fala), que é novo cinema pernambucano, onde diretores emergentes como o próprio Kleber Mendonça (autor e diretor da história) estão redefinindo o modo de fazer cinema no Brasil. De qualquer modo o que esse filme tem de tão especial? A cidade, a discussão casa grande x senzala, as apropriações que fazemos de um passado que não questionamos e a força de um dia a dia completamente banal.

02 - Latitudes (2014)

Muito mais do que um filme em si, Latitudes foi responsável por um dos ineditismos mais interessantes utilizando o meio transmidiático para existir, isto porque foi lançado primeiro no youtube, depois na TNT em formato de série e depois como longa metragem, contendo em cada uma dessas plataformas novas informações. Bom, não vou me ater ao formato transmidiático de Latitudes, mas justificar a sua presença em segundo lugar nessa lista através disto e também da história que muito me atrai, muito me identifico e muito adoro. Olívia (Alice Braga) e José (Daniel de Oliveira) é  um casal que não é casal, se encontram entre pontes aéreas, hoteis, estações de trem e diversos lugares de transição. Não se pertencendo um ao outro e sim ao mundo e a quem eles são individualmente o filme trata dessas questões e dessa vida louca, que engole as outras formas de existência.

01 - Branco sai. Preto fica (2015)

Um documentário em ficção científica, Branco Sai. Preto fica é uma obra que vai além das space operas e intergalacticas distopias de um mundo futurístico. O filme se baseia em uma chacina que ocorreu em Çailândia, uma das cidades satélites de Brasília, em que os policiais entraram atirando num baile e gritando a célebre frase que dá título ao longa. Mesmo se baseando nos relatos dos sobreviventes do ocorrido, o filme quebra com a estética do documentário, ao apresentar uma narrativa ficcional por cima, mas que de forma alguma se sobrepõe ao teor social e a importância histórica do ocorrido.  

E quando o fim chegar...

Quando eu paro para pensar sobre a popularidade de Jogos Vorazes e a potência que a franquia tomou, tanto em termos midiáticos, -sendo, o tema da minha dissertação de mestrado por esta razão - quanto em termos de cultura pop e fandom (termo que designa a cultura fã), não consigo deixar de me perguntar até que ponto esta história realmente move (ou é capaz de mover) as pessoas? Ou mesmo se estas pessoas tem noção da complexidade da trilogia criada por Suzanne Collins. 
Bom, depois de assistir ao último filme da saga eu me pergunto estas duas coisas ainda mais profundamente...


Jogos Vorazes não é, como muitos desavisados podem pensar rapidamente, apenas mais uma franquia da cultura pop, ou mais um distopia popular, porque tem seus protagonistas jovens e inspiradores. Não. Jogos Vorazes é uma trilogia violenta, ou como William Irwin, professor da King's College, Pensilvânia, chamou: "um mundo emocionalmente violento", que te corroi como leitor de diversas formas. É uma trilogia que se foca na completa perda da infância, da inocência, de ser incorporado como um peão dentro de uma questão política, de perder completamente a esperança e, quando o fim chegar, valorizar cada uma dessas coisas para encontrar algum alento.
Mas não sei o quanto se extrai disso.
Ou melhor, não sei o quanto o filme auxilia em extrair isso tudo.

Veja bem, minha dissertação não gira em torno de estudos de recepção, muito menos em tentar me inserir no fandom dos JV (até porque me considero uma fã), logo não poderia atestar se toda essa sensação de desalento e perturbação é sentida por eles, ou se toda a admiração fã gira em torno da proporção que o fenômeno tomou, mas é sim, meu dever e minha vontade explorar esta obra de modo complexo e profundo, justamente porque acredito que uma obra tal como esta se complexifica a cada nova visada e de diferentes formas, criando desdobramentos tão emaranhados e tão significativos quanto o seu núcleo principal. E este estudo me motiva a perpassar pela razão de tal popularidade, pensando se isso não tem a ver com um espírito de época contemporâneo, uma zeitgeist.
Sim, por que se critica o entretenimento e a sociedade do espetáculo apresentando exatamente uma peça completamente imersa no entretenimento e no espetáculo. Isso mexe comigo e principalmente, como não esquecer dos gritinhos apaixonados das adolescentes no cinema, depois de trocas de beijos entre Katniss e Peeta?!
Mais ainda: porque estamos tão fascinados com as distopias? Porque nos envolvemos tão intensamente com um enredo violento, psicológico e cruel, sendo que, aparentemente, não conseguimos ultrapassar o olhar apaixonado de Peeta? 

Bom, não são questões que poderão ser completamente respondidas, muito menos serão desenvolvidas em torno de achismos, mas acho (risos) que é possível pensarmos sobre os elementos que mais marcam nessa narrativa e nesse mundo criado por Suzanne Collins, de modo a procurar traçar um percurso que nos mostre algo a mais, mas é algo que já está ali, no final perturbador de Jogos Vorazes.
Quero relatar que quando dei início à minha dissertação, não imaginava que o meu objeto fosse ficar tão amplo e intricado quanto tem ficado e conforme me torno mais íntima dessa obra e suas ramificações, mais penso que não poderia fazer esta crítica, sem antes trazer estes "dramas" em pauta. Também tinha que fazer as coisas um pouco diferente nesse review, pelo simples fato de que quero me focar num detalhe especificamente: o final, literalmente. Mas não se preocupe que não darei spoilers ;)
Dito isto, eis o que tenho a dizer de A Esperança: o final:

O primeiro ponto é que quero ultrpassar o discurso da maculação da obra original, não é meu objetivo e nem quero que esse parecer fique soando que estou colocando uma sobre a outra e dizendo que a primeira é melhor que a segunda. Não. Nem mesmo acredito nisso e penso que os filmes cumpriram e vem cumprindo o seu papel majestosamente.
O segundo, é que quero ir além das questões técnicas do filme, seus enquadramentos, muito bem engendrados para o estilo cinematográfico escolhido; as cenas de ação brilhantemente bem ensaiadas, repletas de mortes "indolores" e rápidas; seu worldbuilding belíssimo e seco (ao mesmo tempo), lembrando um lugar realmente em zona de guerra, mas sem perder o tchan que os figurinos dos moradores da Capital dão; ou mesmo pretendo me alongar elogiando Josh Hutcherson, Jennifer Lawrence e demais elenco pelas atuações. Isso todos já fizeram e sinceramente, eu quero o final!
Por que: que final perturbador tem Jogos Vorazes no livro, hein?! Um final de mexer com você de forma psicológica e quase física. Um final que te leva a questionar até que ponto se pode levar alguém ao limite consecutivas vezes, até que o seu limite desapareça, ou que a pessoa enlouqueça. Até que ele deixe de ser um humano. Que discurso é esse, de bem maior, que compele a personagem a se sentir com sentimentos de bestante? Que realidade é essa, sacal, a qual eles precisam viver com aquilo para sempre e precisam se voltar, com armas e sentimentos, sendo eles de dois gumes, para um culpado?
É um final raivoso. Onde o verdadeiro sentido de esperança é resgatado apenas quando é possível se seguir em frente, mesmo quando o que resta é a costa de uma cadeira e um livro repleto de histórias de horrores, quando o humano era subjugado e a lembrança de que isso não se repita permeia a vontade de ir em frente. Endossa a esperança.
E que final doce nos espera na conclusão das duas horas e meia de A Esperança: o final. Ainda mais doce acompanhado dos suspiros deliciosos que soltaram as adolescentes no recinto, juntamente com a sensação de que tudo bem, o terror passou, agora é possível se deitar sobre uma campina verdejante e suspirar que existem Jogos muito piores do que aqueles. Sinceramente, a psiquê de Katniss fez falta e pela primeira vez eu lamentei profundamente que o filme foi feito em terceira pessoa...

Recomendando dos Parceiros #3

É chegada a época do mês que eu conto para vocês quais são os posts recomendados dos parceiros do Mesa! Yay! Pois é, eu sei que ando sumida daqui, mas é por razões de Mestrado, mesmo assim não poderia deixar de passear pelos blogs lindos dos meus cafecólatras favoritos e te contar quais posts eu acho que são imperdíveis!

Vem comigo:

No dia 21 de outubro de 2015 aconteceu o #FutureDay, ou seja, o dia que Martin e Doc vão no segundo filme da trilogia De Volta para o Futuro. A Mari do Mareland fez um post super legal comemorando a data, enquanto relembra o segundo filme. Tudo escrito naquele humor delícia dela. Confere:

Sou fã do Visão Periférica, da parceira Salieri por diversos motivos, entre eles está a clareza com que ela escreve e a atenção que dedica à argumentar os seus pontos de vistas para que ele fique contundente e especial. Falando isso, a crítica que ela escreveu sobre o livro "Construa seu diário" me pareceu mais do que contundente. Ficou curioso? Vem ler:

A Tay Sabádo do Uma Garota com Ideias tratou de um assunto bastante complexo e muito importante, o feminismo nosso de cada dia. A blogueira desabafou e com um post intitulado "Eu escrevo como uma 'garotinha' e pretendo continuar assim", mostrou porque ser uma 'garotinha' não é demérito algum. You go girl! 

O Jornalista Enderson Oliveira também é professor das faculdades Fapan e Fapen, que promoverão entre os dias 17 e 19 de novembro a Jornada de Comunicação com o tema: "Tu crias, mas tu te comunicas?". No blog do jornalista ele conta os detalhes da jornada e comenta sobre o que esperar desse evento, que é gratuito e aberto a estudantes de comunicação de todas as instituições.

O blog A Escrita e Eu sempre me encantou pela delicadeza dos seus textos, de modo que quando a Jheni entrou em contato para ser uma parceira do Mesa eu nem pisquei em aceitar. O texto que eu recomendo este mês, tem exatamente esta característica, uma leveza característica da blogueira. Chamado 'Tempo para pensar', trata-se de uma breve reflexão sobre pensar em si. 

Muitas pessoas tem comentado sobre o Coletor Menstrual, uma espécie de copo feito de material cirúrgico e livre de químicos que possam causar irritações e alergias. O blog da Sarah Lynn, Seis mil milhas, fez um excelente post sobre o coletor, inclusive sem nenhuma daquelas chatices e mimimis de pessoas que ficam envergonhadas de falar sobre o período. Adorei o post, Sarah, continue fazendo textos que também podem ser de grande utilidade pública ;D

Entre os dias 24 e 29 de novembro vai acontecer em Belém o Festival Toró de vídeos universitários. O Toró é realização do Núcleo de Produção Audiovisual (NUPA), projeto de extensão do Curso de Cinema e Audiovisual da UFPA, em parceria com o Sesc Boulevard e o jornalista Gustavo Ferreira conta todos os detalhes sobre o Festival aqui no Repórter E.

Lá da tag de filmes do Inverno de 1995 e eu catei um post que eu adoro, escrito pela fofa da Monique: trata-se da selação que ela fez de filmes com temas natalinos. Como a época está chegando, que tal conferir a listinha dela e ir se preparando?

Num especial fazendo uma cobertura incrível sobre o Amazônia Fashion Week, a blogueira Valéria fez vários posts ótimos mostrando estilistas já consagrados, novos criadores da região e também quem estava por lá. Vem comigo babar por essas peças incríveis! Post 1, Post 2, Post 3

Num texto memorativo, Bernardo do blog O Patativa conta sobre o show que assistiu de Laura Pausini em 1997. Além de memorativo, trata-se de um texto que rememora as sensações e a simplicidade de um espetáculo que ele mesmo descreve como "um show de música". Confira:

A Gaby do blog Lucidez feminina fez um post sobre o documentário "The true cost", feito pela netflix e que fala da exploração que costureiras vivem impostas por marcas de fast fashion. Entenda porque consumo e consciência precisam andar juntos. Ótimo post, Gaby! 

Espero que você goste dos indicados deste mês. Não deixe de me contar as suas opiniões!
Se quer se tornar um parceiro do Mesa, basta entrar em contato comigo pelo poranacasouza@gmail.com ;D














28 com jeitinho de 15

Sumida da mídia por um período considerável, Hilary Duff deu a impressão de que tinha desistido da carreira de cantora/atriz, para se dedicar à sua série de livro Elixir e também ao seu filhote. Mas não foi o caso. Hilary está aí, de volta, de cabelos lilás e um álbum de retorno.

A primeira impressão que fica, ao ouvir Breathe in. Breathe out, é de que se trata de uma coletânea pop, com diversas referências do country e do eletrônico, transfomando-o em uma série de canções gostosinhas e dançantes, mesmo que a voz de Hil não seja uma das melhores que temos na indústria fonográfica atualmente. Longe de ser dona de um gogo poderoso, Duff se foca em canções que ficam dentro dos eu alcance vocal, sem batidas complexas, letras rebuscadas ou algo que remeta à um álbum fenomenal.
Na verdade, Breathe in. Breathe out chama a atenção por ser um típico álbum de final de semana. Daqueles que você deixa tocando enquanto faz outra coisa, dirige pra casa da sua amiga, vai ouvindo no busão enquanto pensa na vida e por aí vai. Falando nisso, essa parte é cabível de notabilidade, porque faz a gente ver que, apesar de ser uma mamãe e ter crescido, Hilary parece se manter com o mesmo nicho de público de há 10 anos, quando ainda era Lizzie Maguire. Explico: 10 anos depois de músicas como So Yesterday, Come Clean, What dreams are made of e The beat of my heart, esta que vos fala achava que ouviria uma evolução sonora feita por Duff, com música mais adultas e letras que fizessem sentido com quem ela é agora, mas na realidade é como se ela apenas tivesse reciclado a sua produção, mas ainda quisesse estar próxima ao público de 15 anos. 

Bom, não que isso seja um demérito, necessariamente, mas sinceramente as minhas lembranças de 15 anos são lindas, incríveis, recheadas de miguxos e tudo, mas as músicas que eu me relacionava são bem diferentes na minha vida agora e tenho a impressão de que as músicas de Hilary, nesse estágio da vida dela, deveriam ser muito mais do que baladinhas teens.
Mas enfim, esse é o nicho que ela escolheu de encaixar e apesar de ela continuar cantando sobre crushes, boys e flerte seu cd tem alguns destaques, com músicas realmente divertidas e, como falei, prontas para serem tocadas num final de semana enquanto você, sei lá, arruma o seu quarto e dança com a vassoura...
Destque para as músicas: Sparks (adoro na balada!); My kind; Confetti; Breathe in. Breathe out; Tattoo (que foi co-escrita por Ed Sheeran) e Night Like This.


Interessante pensar que, vinda de um excelente e maduro cd, o Dignity, era esperado que Breathe in. Breathe out. seria ainda mais interessante, mais bem produzido e com algo a acrescentar... Sdds With Love, Gypsy Woman, Dignity e Play with fire...

Depois do Piloto I


Gente, eu tinha que ter postado isso há um mês, mais ou menos, mas a vida tá tão corrida e tão crazy que não tinha tido tempo para tal. Por isso peço desculpas, finalmente postando essa ideia que eu tive, depois de ver SuperGirl.
Bem, basicamente é escrever um textinho curto sobre séries que eu vi o piloto (apenas o piloto) e não segui em frente, ou que ainda não decidi se vou seguir frente, ou que eu, simplesmente, ainda não consegui seguir em frente.
Parece complexo, não é não! É apenas um atestado de primeira impressão, o qual eu te conto o que achei do primeiro episódio e se pretendo, ou não continuar assistindo...
Então vem comigo para os três primeiros dessa sessão nova no Mesa:

Scream Queens

Não sei onde foi que li que Scream Queens era uma mistura esquisita de Meninas Malvadas e Pânico, mas sinceramente não teria uma descrição melhor. Sustentada sobre personagens fracos, desinteressantes e passando um pouco longe do humor non-sense que, em tese, deveria possuir, a série me pareceu forçada demais. Admito ter me interessado por ela depois de ver que o elenco possuía algumas das atrizes que mais gosto dessa geração, como Emma Roberts e Abigail Breslin, mas elas estão tão apagadas, que nem sei. Estou em dúvida se assisto a mais episódios, mas o piloto me deixou seriamente sem vontade.
Meninas Malvadas?! Hum...not so much!


Supergirl

Quando vi que iam fazer uma série sobre a prima de Kal-el eu fiquei super contente! Ainda mais porque já não era sem tempo que as super-heróinas invadissem as telinhas e telonas, com essas remodelações dignas de notabilidade. Então Kara é a estrela, mas pelo piloto eu achei a série um pouco chatinha. Fiquei com a impressão de que está fadada ao mesmo destino de Birds ou Prey...mesmo assim vou assistir mais episódios. Não sei quando...mas vou... se eles seguirem por uma mistura bem dosada de Smallville em seus anos áureos e Flash no dinamismo dos episódios, acho que pode passar a ser um sucesso.
Eu, vendo o primeiro episódio

The Mysteries of Laura

Fato que desde Will & Grace eu acompanho a carreira de Debra Massing, vendo-a em vários outros trabalhos, incluindo A Ex, Smash e o filme Muito Bem Acompanhada (que tem uma ótima trilha sonora). Entre todos eles, adorei a Debra em Smash e achei que ela seguiria por uma linha mais dramática novamente, o que não acontece em The Mysteries of Laura. A série é mais uma das que misturam comédia e polícia, a diferença, talvez, seja que Laura é uma mãe de gêmeos, divorciada do seu superior na delegacia e tem um ótimo senso de humor. Bom, pelo piloto achei que se trata de uma série para acompanhar em episódios soltos e nada muito religioso. Não me cativou.
Sorry Debra...