Cortejo



O que aconteceu com o cortejo? Com a mão carinhosa no rosto do amado, no instante de um primeiro beijo apaixonado? É verdade que as coisas não podem ficar apenas nos primeiros momentos, é ver que é necessário que elas se amadureçam, se tornem mais consistentes e/ou se enfraqueçam para mostrar que não se pode dar mais certo e que é preciso seguir em frente.
Mas porque é preciso esquecer o que aconteceu no momento do cortejo? Agir como se fossse uma fase a ser superada? O fim do cortejo é parte do relacionamento, ou é apenas uma indicação de que ele acabou?
O cortejo é a conquista, é o momento em que a pessoa envolvida prova o quanto quer ficar com a outra, é um momento de pisar em ovos, agir como uma pessoa melhor e parecer mais sensual, misteriosa e interessante.
Só que essa parte passa, as pessoas são menos sensíveis, menos misteriosas e menos interessantes do que pareceram num primeiro momento, ou mesmo que pensam ser. O que não significa que o cortejo deva ser deixado de lado. As pessoas querem que se lutem por elas, querem que as outras mostrem o porque a amam e que sim, de vez em quando aconteça um cortejo.
Aconteça um beijo apaixonado, uma declaração de amor, um movimento incomum, uma saida da zona de conforto, um olhar envolvente e certo. Certo de que se pode seguir em frente, certo de que se pode acontecer um amor, o amor pra toda a vida.
Acredite no que eu digo, uma vez que o cortejo é completamente deixado de lado, a vontade também será. E o único cortejo que terá, depois disso, será o cortejo fúnebre. 

Get a Celebration!

Em uma bela homenagem ao "Steamboat Willie" de 1928 (que este ano completa 85 anos) a Walt Disney Studios traz para as telonas antes de Frozen (que estréia no Brasil dia 03 de janeiro de 2014) o curta metragem "Hora de Viajar". 

Antes de mais nada é essencial a gente recordar porque "Steamboat Willie" é tão importante e porque relembrá-lo e celebrá-lo é mais ainda: "Steamboat Willie" foi o primeiro desenho animado inteiramente sonorizado da história e também foi o primeiro curta de animação a ser reconhecido como um marco significativo de técnica. É certo dizer que sem Walt Disney o cinema de animação não teria tido o avanço que teve e por isso também é necessário se celebrar.
Em "Hora de Viajar", foram revisitados traços clássicos de Mickey e sua turma, como Bafo e Minnie. Também foi usada uma mistura de preto e branco e colorido, feitos tanto à mão, quanto em computação gráfica (vide a própria impressão de que a imagem é antiga). O curta foi dirigido por Lauren MacMullan e está na lista dos pré-indicados ao Oscar 2014 na categoria de melhor Curta de Animação. 
Acompanhe um trecho liberado pela Walt Disney Pictures:

É verdade que ainda existem muitas controvérsias envolvendo Mickey e sua turma, como a mudança de algumas leis de domínio público, dando a Disney mais anos para usufruir das criações de seu mentor, mas ainda assim a sua improtância e significado para a história do cinema, por si só, já é significativa o suficiente para que ele seja considerado o personagem mais icônico do século XX.
+: você sabia que o Mickey não foi o primeiro personagem criado por Walt Disney? Leia aqui.
+: "Steamboat Willie" não foi a primeira aparição de Mickey. Na verdade a sua primeira aparição foi "Plane Crazy", mas por problemas técnicos o filme não foi exibido, acabou passando por modificações e Mickey fez a sua estreia em "Steamboat".
+: Em 1928, Walt Disney ainda não detinha a patente de Mickey. Ela ficou tramitando por quase cinco anos: Leia aqui.

Estilo Nota 10: Jennifer Lawrence

Conhecida pelo seu bom humor, pela queda no Oscar e por ser uma das melhores atrizes de sua geração, Jennifer Lawrence tem 23 anos, mas parece uma mulher completa. Confiante, ostenta papéis poderosos em sua lista de filmes, que incluem "Jogos Vorazes" (confira as resenhas servidas aqui e aqui), "Inverno D'Alma", "O lado bom da vida", "X-Men primeira classe", entre outros. Jennifer tem um rosto bem marcante, o qual ela maqueia de acordo com a cor que as suas madeixas tomam. Ela é naturalmente loira, mas já passou várias vezes pelo castanho, pelo preto e até pelo ruivo, sempre respeitando os seus traços e a personagem que vai representar. Normalmente Jennifer usa uma maquiagem mais marcante nos olhos e bem suave nos lábios, justamente para ressaltar seus belos olhos claros.

Jennifer é mais alta e mais voluptuosa que muitas atrizes de Hollywood, assim ela usa suas curvas à seu favor, quando prefere looks de desenhos mais justos ao corpo e decotes interessantes. Ela normalmente é vista com roupas tomara-que-caia ou decotes em V, não dispensando, quando é possível, decotes nas costas ou outros detalhes cut-out.

Como atual garota propaganda da Dior, Jennifer normalmente incorpora algum elemento da marca no seu estilo. Quando possível arranca suspiros usando vestidos belíssimos em prêmios importantes, como o próprio que a fez cair ao receber o Oscar 2013 de Melhor Atriz. Além do metálico e lindo grafite que ela usou na "after party".

Apesar de ser mais uma "moleca" que uma lady, Jennifer usa bastante vestidinhos fofos e saias meigas, não dispensando um jeans confortavel, top básico e cardigã coringa para caminhar por aí. 

Jennifer ainda está explorando as suas opções de estilo, mas uma coisa é certa: ela tem bom gosto! Confira outros looks.








O começo do fim

Não é sempre que eu me empolgo em me abalar para o cinema em dias de estreia. Consigo me lembrar de uns 10 filmes que me empolguei para tal, mas nos últimos três anos essa vontade de ver as coisas antes de muita gente tinha praticamente cessado, até que "Jogos Vorazes" apareceu na minha vida. Não apenas os filmes, vale dizer, mas a série de livros, que conquistam os leitores por alguns motivos diferentes aos do filme, mas que é tão apaixonante quanto.
Como eu sempre digo, essa briga entre livro e filme é ínfudada, já que se tratam de linguagens diferentes e até mesmo visões diferentes. "Jogos Vorazes" não poderia ser diferente, tratando a sua obra original como uma influência na medida certa e priorizando questões mais relevantes e de maior destaque nas linhas escritas por Suzanne Collins. Mesmo assim, se você é do tipo de pessoa que quer saber sobre um e outro, garanto para vocês que o filme faz jus e muito jus ao livro.

Nessa segunda parte dos jogos vorazes, os três distritos mais excluídos começam a se organizar e estão às véspera de um estopin. A vontade de lutar por um país melhor já está implantada em todos os moradores dos distritos 10, 11 e 12 e logo Katniss se encontra em um impace o qual não sabe se continua falando que pensa, ou se se cala e aceita viver de aparências para poder proteger aqueles que ama. O ditador, Snow, um excêntrico apreciador de rosas, desafia Katniss a provar seu amor por Peeta e sua nao tendência a revolução. Quando ela "falha" nessa missão, é submetida a retornar aos campos dos jogos para o 75o Jogos Vorazes, ou 3 Massacre Quaternário. Nessa edição, apenas os antigos vencedores que serão sorteados como Tributos

Dá-se início uma corrida eletrizante e intensa pela sobrevivência. Fica claro que o evento nada mais é, do que uma forma de (tentar) provar que a Capital ainda tem poder sobre todos e que a ditadura não acabará porque uma garota do distrito 12 ousou quebrar uma regra dos Jogos. Tudo parece caminhar para a vitória da Capital, mas um plano pretende colocar tudo em risco, quando prioriza a sobrevivência de Katniss (por ter se tornado o símbolo da iminente rebelião). Katniss, em contra-partida, ainda está focada na salvação daquelas pessoas que ama e na proteção de Peeta, com quem ela age como se estivesse em dívida de vida.
Por sinal, a relação de Katniss e Peeta passa por uma guinada importante nesta segunda parte, em que ambos estão mais maduros, sérios e comprometidos a um bem maior, mas Peeta vê claramente o propósito de manter Katniss viva e deixa claro o que sente por ela, mesmo que em um primeiro momento pareça que os dois serão apenas amigos. Já a sua situação com Gale ainda é mais confusa e incerta, já que aparentemente ambos sentem amor, mas ainda existe aquela dúvida do "qual o tipo de amor". Devo dizer que ainda me incomoda bastante eles venderem a história de "Jogos Vorazes" como uma história de amor, porém fico feliz ao entrar na sala de cinema e ver que a propaganda não procede.
De fato, Katniss é uma personagem sabiamente construida e por mais que alguns digam que no livro ela é mais profunda, eu gosto da representação aparentemente indiferente que Jennifer Lawrence dá a ela. Penso que do primeiro para o segundo filme conseguimos compreender suas dúvidas, seus anseios e principalmente sua forma de pensar. Inclusive, já no final do longa, é possível sentir a mudança de sentimentos que ocorrem na personagem, apenas com o olhar penetrante que Jennifer dá à câmera.
É possível notar uma clara evolução em outros personagens como Haymitch e Effie, que se tornam peças fundamentais para o desenvolvimento da trama, por sinal Effie nos surpreende com a sua inteligência maquiada de burrice. Assim como o jeito despretencioso que Haymitch lida com os jogos políticos. 

Falando em política, ficamos mais inseridos neste mundo de tramoias e compreendemos melhor como as decisões de Panem são tomadas, vale dizer que para um ditador, Snow é deveras infantil em suas motivações, mesmo que elas pareçam vir de um "grande ditador". No final deste filme fica claro, que ele não tem plano nenhum e que tudo o que faz é ouvir outros que tem mais inteligência que ele. O problema é que os outros podem estar envolvidos na rebelião...
Cinna é de longe o meu personagem favorito e da sua maneira ele passa a mensagem da esperança renascendo e do mundo que pode se tornar melhor se todos acreditarem. A união realmente é capaz de trazer a força e mesmo com alguns personagens caindo como moscas (aí vem a espetacularização da morte, tão criticada pela autora) nenhuma morte é em vão.
Outro ponto primoroso do filme é o figurino, cenografia e maquiagem. Falamos aqui que a saga já até inspirou uma linha de maquiagem e uma de roupas. Assistindo ao filme você sabe porque e compreende que todo o espetáculo precisa dessas "fantasias" para que a história se torne ainda mais plausível. A arena dos jogos é extremamente fiel a que eu tinha imaginado lendo o livro, então isso não me desapontou nem um pouco.
Isso tudo sem falar da maravilhosa trilha sonora do filme, que conta com músicas de Christina Aguilera, Imagine Dragons, Coldplay e a música dos créditos finais de Ellie Goulding, que apesar de parecer um lamento, tem um história linda por trás.
Clique na imagem para ouvir um trecho das músicas
Sim, a revolução apenas começou e já começou pegando fogo! Afinal de contas, niguém mais vai esquecer quem é o verdadeiro inimigo.

The Voice - Favoritos

Ontem no Canal Sony saiu a lista dos 12 finalistas do The Voice, 5a temporada. Claro que eu tenho que meter meu bedelho e apostar nos meus favoritos e claro, também que eu estou tentando ao máximo não me ligar tanto em spoilers (já que aqui estamos uma semana atrás da exibição norte-americana), justamente para poder me encher de esperanças e felicidade vendo os meus favoritos ficando!
Então vamos lá.

#TeamBlake
Membros: Austin Jenkes, Cole Colsburg e Ray Boudreaux.

Opinião: Particularmente acredito que o time do Blake tá muito parecidinho, Cole e Austin cantam estilos muito parecidos e tem um jeito parecido de cantar, mas isso pode fortalecer o time, ao invés de enfraquecê-lo. Já o Ray para mim foi um pouco surpresa, primeiro porque eu pensava que ele iria escolher a Shelbie (por ser uma vocalista de country e a única mulher do time dele), mas fiquei feliz pela escolha, Ray tem uma voz forte e tem um estilo um tanto quanto só dele. Ainda sinto falta do Nick Hawlk.
Favorito: Entre os três Cole é o meu favorito. Primeiro porque ele me dá vontade de pentear o cabelo dele, segundo que ele canta com tanta vontade que sempre me emociono. O que dizer da sua interpretação de "Let her Go"?!

#TeamCeelo
Membros: Caroline Pennel, Jonny Gray e Kat 

Opinião: Do time do Ceelo não tinha dúvidas de que Caroline ficaria entre os finalistas. Ela tem carisma, tem meiguice e tem uma voz peculiar, tudo o que é preciso para permanecer na competição. Jonny cantou uma música querida e com o seu jeito meio desajeitado, mas calculado parecia o segundo candidato certo para a final. Mas devo dizer que para o terceiro posto eu imaginei que ele escolheria Tamara e não a Kat, acho a energia dela empolgante, mas as vezes é...demais...
Favorito: Absolutamente Caroline, mesmo que ela não ganhe já sou fã dessa garota de jeito doce, que lembra a Clarice Falcão, mas não exatamente. Sua voz é tão linda, que não tenho uma performance favorita, mas devo dizer que simplesmente adoro como ela canta "As long as you love me".

#TeamChristina
Membros: Jacquie Lee, Matthew Shuler, Josh Logan

Opinião: Meu grupo favorito, tem três vozes incríveis e marcantes. Jacquie é uma garotinha fofinha e é a mais nova da competição, mas quando canta deixa no chinelo qualquer um outro. Matthew fez todo mundo pirar nas suas notas longas e seus agudos afinados, era sabido desde o começo que ele era um dos favoritos, no entanto ainda me incomoda um pouco o fato de eu não ver o que ele cantaria na indústria fonográfica. Josh é incrível! Além de sua voz me lembrar sutilmente a voz de Adam Levine, ele é o rei dos floreios interessantes, fora o seu poder de deixar cada música do seu próprio jeito.
Favorito: Jacquie Lee, porque estamos precisando de cantoras pop poderosas. Como falei aqui sobre Ariana Grande, cantoras que realmente acrescentam vocalmente algo para o mundo da música estão ficando escassas e acho que Jacquie tem potencial para isso e muito mais! Sua versão de "I put a spell on you" foi simplesmente...brilhante!

#TeamAdam
Membros: James Wolpert, Tessanne Chin e Will Chaplim.

Opinião: O caso de James foi mais ou menos o mesmo de Matthew, ele é aquele que desde o começo não tem recebido nada mas elogios dos jurados, seu vocal é absurdo, mas meu incômodo com ele é o mesmo, não sei que tipo de música ele vai cantar. Tessanne é maravilhosa, ela canta todo tipo de estilo, faz todo tipo de floreio e principalmente é carismática, consigo imaginar ela cantando algo à lá Pink e Kelly Clarkson, e me gusta. O Will, para mim é o azarão desse ano. É aquele que muitos não dariam nada, mas que vai surpreender bastante, principalmente pelo seu jeito de escolher músicas e absorver tudo que dizem para ele como uma esponja.
Favorito: Tessanne! Ela tem todos os elementos de uma verdadeira estrela e tenho certeza que ela vai brilhar, inclusive independente de ganhar o programa.

Bom pessoal, é esse o meu "quadro" de favoritos. Peço que se vocês tiverem informações privilegiadas do que acontece nos EUA, não dividam comigo, pois estou procurando acompanhar como antigamente, as coisas na TV, rss. Mas me contem quais são os seus favoritos? Quem vocês acham que vai ganhar?

Estilo Nota 10 - Zooey Deschanel

Com pesadas franjas, um abundante cabelo preto e fofíssimos olhos azuis, Zooey Deschanel é uma das maiores queridinhas quando o assunto é filmes independentes, comédias românticas com um quê indie e comédias abobadas, mas com um toque sutil de inteligência despretenciosa. Ela é a protagonista de filmes como "Flakes", "500 dias com ela" e "Sim Senhor", também é a protagonista da série de tv "New Girl"; fora sua carreira com a banda indie She and Him, que com três albuns lançados também é adorada por aqueles que curtem o gênero.
A verdade é que o estilo da Zooey é sempre muito ctrl+c - ctrl+v, já que o seu estilo é também parte da sua assinatura artística, então seja no street style, seja no red carpet, Zooey está sempre ostentando a sua cabeleira meio retrô, seja com coques, rabos de cavalos ou solto. Além disso, ela está sempre com uma maquiagem com os olhos de gatinho, batom nude ou vermelho.

Quando falamos das roupas, ficamos de olho nos vestidinhos cute, normalmente acompanhados por sapatilhas e meias coloridas. Zooey também não dispensa um bom cardigã como peça chave para dá ao look um ar girlie e também não parecer tão menininha quanto um vestido cheio de laços e rendas poderia fazer parecer. Também muito relevante notar que Zooey adora block colors e normalmente não mistura com estampas. Quando está usando estampas, são mais cheias de texturas e pintadas à mão.

No Red Carpet Zooey é sempre uma das mais elegantes. Apesar de sempre acrescentar um toque de retrô, suas roupas não parecem ultrapassadas e sim saídas de alguma história infantil do tanto que lembram vestidos de princesas. Ela aposta muito em tules, chiffons e saias evasê, não dispensando um bom vestido escorrido quando pode.

Zooey tem um estilo bem feminino, de linhas românticas e com bastante influência retrô. Seu cabelo e olhos são suas marcas registradas, assim ela está sempre bem vestida e em concordância com a imagem que quer passar. Confira alguns looks dela: 







Sobre a Cidade*


O sexo muda as pessoas. Ou melhor a sexualidade é que muda. Não é sobre a sexualidade de gosto que eu estou falando, sabe? Ou ser um ninfomaniáco enlouquecido. Ou daquela que diz respeito à ser homo ou hetero, mas a sexualidade de se descobrir como um ser sexual, um ser capaz de obter e proporcionar prazer.
E isso muda as pessoas.
Agora que jeito melhor de fazê-lo, se não através de novos ares, novos olhares, novos toques e novas falas? Parece que são coisas um pouco distantes uma da outra, mas a veradde é que a cidade implica no grau de liberdade. Implica em quem somos como seres sexuais e interpessoais. E é por isso que o sexo está diretamente relacionado à cidade.
Quem somos e o que fazemos em uma cidade e uma jornada, é capaz de nos trazer confiança, de nos fazer sentir à flor da pele e seguros de si. Seja por uma sensação meramente carnal e primária como o sexo, seja pela certeza de ter conquistado nossa auto-independência e nosso auto-prazer. A sexualidade, no caso.
Mas o prazer de "comer" é maior que o de ser "comido" e a sexualidade é muito mais do que o ato em si. Pouco importa o que você anda fazendo, o que importa é quem você se transforma depois que o faz. É seguro, é certo de si, é rígido, é fiel, é romântico, é sério, é certo, é banal? A sexualidade tem dessas coisas e se as coisas são como Freud relacionava, nosso comportamento transpira sexo, mas quanto de nós transpira sexualidade?
Mudar de cidade pode fazer essas coisas, voltar à cidade também e como estamos em total e completa transição podemos mudar de lado e de opinião o quanto quisermos. As pessoas mudam. Se transformam, ligam e desligam seus interesses de acordo com o ambiente, ligam e desligam seus desejos de acordo com seus anseios e seus anseios estão diretamente conectados a sexualidade. Repare, o que temos de sexualidade, muitas vezes não temos de sexo e o que temos de sexo muitas vezes não temos de sexualidade, o equilíbrio emocional e racional do ter e o do ser é o mais dificil de alcançar e é algo que nenhuma cidade pode proporcionar, só aquela que construimos ao nosso redor
O sexo é sim, capaz de mudar alguém, mas a descoberta de si mesmo é mais capaz ainda. A cidade ajuda nisso, inspira isso e instiga isso. Ela que nos faz pensar que somos mais, que podemos mais e que ganhamos mais. Se a cidade não é mais capaz de fazê-lo, então ela não é mais sexual e não devemos mais ficar ali. Pode ser por um tempo, uns anos, umas décadas ou para sempre. Não importa.
O que importa é você. Como se sente e o que isso te faz sentir.

E nunca "Sex and the City" fez tanto sentido...

*Para Amanda e todos os meus amigos em transição

Mickey em veludo e seda

Como eu compartilhei com vocês aqui, a Disney vive inspirando coleção de moda por aí. Agora a inspiração chegou em terras tupiniquins, incorporando os personagens da turma do Mickey, como Minnie, Pateta, Margarida e Donald, à roupitchas cheias de estilo. A coleção de 50 peças é composta principalmente por tees e moletons finos, feitos de veludo e seda. Tudo para deixar o visual que poderia ser considerado apenas para os pequenos, adulto e cool
Adulto e "cool" também é o preço das peças, que estão a partir de R$420,00..."um pouco salgado" demais para uma camiseta, mas a justificativa é o trabalho feito artesanalmente, que dá às peças um ar boho chic...então tá...
Dá uma olhadinha nos looks e me conta se você gastaria tudo isso nessas peças:




Sem julgamentos, só palavras

Para quem achou que a atuação de Bradley Cooper em "O lado bom da vida" foi apenas um golpe de sorte, ou algo de momento, deve se preparar para ver grandes e boas atuações do ator vindo por aí, inclusive com um projeto já confirmado reunindo boa parte do elenco de O lado bom... e o seu diretor também. Mas enfim, não estamos aqui para falar do que vem por aí e sim de um filme que Bradley abrilhantou no ano passado chamado "As Palavras".

O filme é do ano passado e já mostrava a intenção de Bradley em não ser eternamente um galã de comédias medianas e sim um ator que se leva a sério e que procura incorporar elementos mais intensos em seus personagens. Neste filme, Bradley interpreta o jovem escritor Rory Jansen (assim como fez em Sem Limites - 2011), mas desta vez ele não recorre à drogas para buscar seu potencial e sim recorre a uma história datilografada e esquecida dentro de uma pasta. O fascínio que a história exerce sobre ele e sobre todos os que a leem é forte demais para que Rory deixe-a de lado e não enxergue o potencial de fazer aquilo que sempre sonhou, viver da escrita. Sim, ele publica a história como sendo sua e a partir daí sua vida torna-se um turbilhão de fama, sucesso, reconhecimento e prêmios. Rory está no topo do mundo! Sua esposa amada (Zoe Saldana), que sempre acreditou nele, acima de tudo, está em extase. Tudo estava da melhor forma possível!

Mas então um homem aparece. Seu jeito maltratado pelo tempo e seu aspecto perdido causam medo em Rory, mas logo o homem que o pede um autógrafo, revela que a história publicada era sua. Aquela história era a sua vida, seus medos e suas perdas. O homem, interpretado brilhantemente por Jeremy Irons deixa o jovem escritor pequeno, sentindo-se perdido e com um sentimento de culpa que o corroi, porque precisa decidir o que fará em seguida.

Enquanto a história de Rory se desenrola, nos encontramos com o narrador, Clay (Dennis Quaid), um escritor que à principio parece-nos apenas o contador desta narrativa, mas em certo momento, enquanto Dennis divide a cena com a bela Olivia Wilde, começamos a nos perguntar se estas histórias não estão interligadas e na verdade Rory é Clay. A resposta de fato não chega, justamente porque a intenção do filme parece ser a de tratar das escolhas que fazemos e as consequências que elas acarretam para nós. 

Neste drama psicológico, onde não temos vilões e nem mocinhos, nos encontramos enrolados em uma trama onde os personagens não são julgados por suas atitudes, mas precisam colher o que plantaram, sendo esse a verdadeira consequência.
De fato, "As Palavras" pode ser classificada como um filme curioso, intenso na medida certa e com um quê de mistério que nos incomoda. A história não é o que nos marca, mas do que ela trata, já que seu foco é algo completamente humano: capacidade, talento, motivação e vontade de chegar nos seus objetivos. Apesar de esquecível, "As Palavras" nos faz pensar que palavras são importantes e tem o poder de mudar tudo, já que acreditamos nelas.