Interessantes de Março #2

Segunda parte das várias sugestões e dos muitos links interessantes que recebemos! Ueba! Já sabe, clique na imagem ou nos títulos para ver a fonte e a matéria na íntegra.

Adeus às novelas?

Para o Estadão, Marta Kauffman (autora da série Friends) disse que vê o gênero novelesco fora de moda e em extinção. Para ela as novelas serão substituídas por séries mais longas e com idéias mais expansivas, capazes de se prolongarem, inclusive em produtos diversificados, como DVDs, mundos virtuais e afins.



Depois de 70 anos

Um homem apaixonado pela esposa e com saudades da família, escreveu cartas para casa durante a segunda guerra mundial. Isolado do mundo, este homem não tinha como saber se suas cartas estavam sendo entregues e nem mesmo recebia respostas. A história deste homem poderia ter se perdido se não fosse pela desenhista Carolyn Porter que encontrou estas cartas e pediu para traduzí-las. Com um trabalho árduo ela finalmente conseguiu encontrar os familiares do homem e entregar as cartas.



O retorno de Miranda

A editora-chefe da Revista Runway ganhou fama mundial ao ser interpretada por Meryl Streep, porém foi a partir de um livro, escrito por Lauren Weisberger que Miranda foi retratada pela primeira vez. A grande novidade, é que a história não parou por aí. Pelo contrário, Lauren manteve na surdina a possibilidade de uma sequência, mas agora está confirmada e a edição americana chega às lojas dia 4 de junho.



Era uma vez...

Once Upon a Time é uma das séries de maior sucesso da televisão, na atualidade, logo não é estranho quando produtos e prolongamentos desse "mundo" começam a invandir as prateleiras, sob outros formatos. O formato da vez é o da literatura, o livro Reawakened é baseado na primeira temporada da série com a narração simultânea de Emma e Snow, nos mundos reais e da fantasia. Ficou curioso? Pois é, mas a espera vai ser grande. Não tem prazo para o lançamento no livro no Brasil.



Like a Stone

Shwood lançou este mês a Stone Collection, uma coleção de óculos feitos cuidadosamente de pedras. Isso mesmo, pedras. A ideia é a de resgatar o conceito da própria marca, que é de inovação e natureza.



Moda com bigode

Macho Moda é um site feito sob medida para todos os homens que gostam de moda, mas que não gostam de um papo muito afetado. O site tem dicas de tendências, looks, lugares para comprar e muito mais. Sendo macho ou não, vale a pena conferir.



Disney Cosmetics

Não é de hoje que a Disney investe muito em acessórios, roupas, cosméticos e balagadãs com a cara e o estilo das princesas. De uns anos para cá esse investimento aumentou, abarcando também as vilãs favoritas dessas histórias, com a Limited Villans Designer Collection, Wickedly beautiful e as parcerias entre Disney e M.A.C. Bom, recentemente a Disney anunciou nova coleção limitada, Beautifully Disney, que está recheada de novidades em forma de maquiagens e esmaltes.



Mickey, o retorno

Mickey Mouse sofreu diversas alterações em seu design ao longo de seus 80 anos de existência, este ano nao poderia ser diferente. Com os traços de Paul Rudish (Meninas Superpoderosas e Laboratório de Dexter), serão 12 curta-metragens lançados para trazer de volta o Mickey e ainda promete uma lembrança do Mickey pensado por Walt Disney.



Ela, que vai

Joyce Jonathan, que já foi assunto por aqui pelo blog aparece linda, leve e cheia de flerte no seu novo videoclipe, "Ça Ira". A cantora está com planos de lançar o seu novo cd ainda este semestre e Ça Ira é primeiro single. O clipe é fofo e engraçadinho. Bem a cara da Joyce.



ACappella tragédia

Paint é um cantor de ACappella que adora fazer paródias. O seu canal do Youtube é cheio de vídeos engraçadamente inteligentes, como Harry Potter em 90 segundos ou Lady Gaga vs Villans. Mais recentemente, Paint ganhou notoriedade com a música After ever after, trazendo uma visão mais "realista" e trágica sobre os finais de algumas das princesas disneyanas. Vale a risada.


Do Jurunas para o mundo

A cantora paraense Gaby Amarantos sempre acrescentou em seus discursos o quanto tem orgulho de ter vindo do Jurunas e o quanto ama seu bairro. Não poderia ser diferente então, que Gaby voltasse para suas raízes e fizesse um show aberto para quem quisesse ver, em frente a sua casa. "Gaby Amarantos: live in Jurunas" deixou muita gente de boca aberta e, principalmente, admirados com a paraense. Pare o que estiver fazendo por meia hora, pois show como esse, talvez você nunca tenha visto.


Moda de Brechó

Já tem um tempo que fazer compras em brechós não significa que você não tem dinheiro, ou que é uma escolha de vida. É divertido mexer naquelas roupas diferentes, algumas usadas, algumas mais velhas, algumas com muito potencial. Além disso, comprar no brechó tornou-se uma opção interessante para quem procura alternativas incomuns, não necessariamente ligadas à moda, e também estilos variados, todos num lugar só. Na minha cidade, já encontrei três ótimas opções, fora os online, que também são uma boa pedida para quem não quer sair de casa.
Inclusive, é interessante trazer esse assunto em pauta, porque não é de hoje, também, que você não encontra só roupa velha cheia de mofo e usada nesses locais, muitas dessas lojas fazem parcerias com pequenas fábricas, que enviam as roupas à preço de custo. Assim como tem muita gente que compra nesses lugares e faz trabalhos excelentes de reconstrução e reutilização, afinal o lixo de uns, pode ser o ouro de outros.
E por isso achei válido trazer um pouco dessa discussão à Mesa. Quem me conhece, sabe que eu gosto bastante de descobrir lugares legais e diferentes para fazer compras, mas também sabem que não sou conectada no mundo da moda para saber de tendências e novidades o tempo todo, apesar de gostar muito. Porém, com esse tema me senti um pouco em casa, pois tem muita coisa legal, tanto ao vivo (tenho certeza que na sua cidade tem brechós legais e você nem sabe) quanto online e vamos dar algumas sugestões de onde comprar, assim como algumas dicas na hora de você comprar uma peça, seja ela online, seja ao vivo.

Brechós Online para elas:

Brechós Online para eles:


Dicas para comprar em Brechó (ao vivo):
1 - Repare na qualidade do tecido: você pode não saber o nome dele, mas pelo toque é possível ter uma idéia se o tecido não está esgaçado, surrado ou muito velho para o uso.
2 - Verifique zíperes e botões: algumas roupas tem falhas e/ou partes quebradas, as quais podem passar despercebidas se não observadas com cuidado. Abra e feche o zíper várias vezes para ter certeza de que ele funciona e que não está puxando nenhum fio ou descosturado em alguma parte.
3 - Se possível vista a mesma roupa mais de uma vez, antes de decidir se vai levar, olhando em diferentes momentos e com diferentes ângulos pode te fazer sentir melhor ou pior com a roupa.
4 - Faça vários movimentos com a roupa: pode parecer meio ridículo ficar agachando e andando dentro do closet, mas esses são movimentos que sempre fazemos e que pode estragar a nossa opinião sobre uma roupa, caso não caia bem.
5 - Verifique a possibilidade de troca: as vezes a gente se arrepende ou algo que adoramos e ficou lindo, no outro dia parece horrível. Trocar é melhor do que ficar com uma roupa entocada dentro do guarda-roupas.
6 - Por mais que o brechó tenha hábito de lavar e passar as peças, não use uma roupas comprada nesses locais sem antes lavá-las, pois como quem vai nesses lugares sabe, tem muita peça para se ter certeza de quando foi a última vez que elas viram uma máquina de lavar.
Dicas para comprar em Brechó (online):
1 - Verifique a questão de troca: nesse caso é ainda mais importante, pois não pode experimentar. Porém, tenha em mente que é bem provavel que você tenha que trocar por outra peça, pois algumas são "filhas únicas".
2 - Peça para tirarem uma foto do produto quando estiverem colocando na embalagem para ser enviado pelos correios, assim você vai saber como o produto foi colocado e em que estado estava.
3 - Veja no site as normas de produto danificado: as vezes, no próprio correios, o mal manuseio pode causar algum dano. Nesse caso a culpa não foi sua, nem do brechó, então é necessário saber como proceder. Facilita se o site tiver uma política quanto a isto.
4 - Se você tem medo de comprar online, faça apenas uma compra de valor relativamente baixo. Assim você testa a qualidade, rapidez e segurança do serviço.
5 - Mesmo que o site ofereça o calculo do frete, entre no site dos correios e faça as contas você mesmo. 


Do youtube para o mundo

De voz adocicada e jeito meigo, a mestiça Marié Digby fez muito sucesso na internet no começo dos anos 2000, uma época em que o youtube começava a ser uma ferramenta usada por cantores em ascensão, com o cover acústico da música Umbrella. Logo, foi uma das principais aquisições de grandes gravadoras, vindas do Youtube.


Marié Digby é uma cantora norte-americana, filha de irlandês e japonesa, que compõe músicas desde muito novinha e que assinou com a Hollywood Records (empresa da Disney), depois que suas músicas covers e originais acumulavam views e mais views no Youtube. Seu primeiro album foi o "Unfold", com músicas autorais "say it again", "stupid for you", "Better off alone" e "Voice on the radio". O albúm teve mais saída em países como Canadá, Estados Unidos e Japão. O terceiro, inclusive, foi determinante para que ela fizesse o cd "Second Home", com covers em japonês, que foi um dos álbuns mais vendidos do seu ano no Japão.


Em 2008 Marié viveu na pele o seu sucesso na internet, quando "Breathing Underwater", seu segundo cd em inglês vazou na rede meses antes do lançamento oficial, causando uma queda considerável na expectativa de compra do álbum. O vazamento causou um pouco de tensão entre Marié e sua gravadora, mas ela não deixou de participar de coletivas e postar textos sobre o seu álbum ter flopado.
Apesar dos tropeços, para os críticos e também para esta que vos fala, "Breathing Underwater" é um cd sensacional. Tem músicas tão adocicadas quanto as de "Unfold", como "Shoulda been simple", "Love with a stranger" e "Come find me"; mas também tem músicas fortes e de letras mais intensas como "Feel", "Breathing Underwater" e "Avalanche". 
Mas não teve jeito. Depois do vazamento do álbum e da baixa venda do seu segundo cd, Marié decidiu utilizar sua fama na internet e lá se estabeleceu. Montou um aparato inteligente de lançamentos periódicos em seu canal do Youtube, com videoclipes bem produzidos e músicas autorais, sem deixar de lado os covers que a fizeram ser conhecida. Também disponibiliza gratuitamente suas demos, uma vez ou outra vendendo EPs no iTunes, como o "Your Love", uma coletânea de músicas românticas. Mantem seus fãs atualizados através de um facebook e twitter com conteúdos produzidos por ela e para quem conheceu Marié através do falecido Orkut, vê-la mantendo, depois de tantos anos fazendo, o sucesso e conquistando ainda mais gente me deixa animada. Principalmente para ver o que ela vai fazer em seguida...

Aos Ozians

Para você vê como as coisas são. Tem gente que se lembra com carinho da história simpática e hoje considerada um clássico, da pequena Dorothy que é levada à Oz depois que um furacão passa pela sua fazendinha no interior do Kansas. Bom...eu não. "O mágico de Oz", por mais clássico e conhecido que seja, nunca me chamou tanto a atenção, pois para mim, Dorothy não era um verdadeira heroína, nem seus companheiros de viagem. Por incrível que pareça, eu achava a bruxa má do leste muito mais interessante, porém mal explorada.
Só que a minha relação com essa história começou a mudar, quando assisti a minissérie Tin Man, estrelada por Zooey Deschanel, fazendo uma Dorothy muito mais atual e dinâmica. Cheia de personalidade. Além de um leão, homem de lata e espantalho que levam a história que eu achava tão desinteressante para outro nível.
No ano seguinte tive a oportunidade de me apaixonar de vez por Oz quando vi o musical da Broadway Wicked, baseado no livro homônimo de Gregory Maguire (que também escreveu Son of a Witch) que conta a história "secreta" das duas bruxas de Oz (Elphaba e Glinda), dispensando praticamente toda a trajetória de Dorothy - o que me fez ter certeza que eu não era a única que achava essa parte dispensável - e focando na amizade das duas bruxas, antes de Elphaba ser vista como a bruxa má. 
Sendo assim, não poderia ser diferente que lá fosse eu, já me considerando uma Ozian, assistir "Oz: mágico e poderoso" nos cinemas.

Nessa mais recente versão, baseada no livro "The wonderful Wizard of Oz" de L. Frank Baum, acompanhamos o ponto de vista do grande Oz ao chegar no mundo encantado. Oscar, ou Oz (James Franco) é um ilusionista de circo intinerante, mulherengo e egoísta, que numa de suas confusões acaba sendo capturado por um furacão, indo parar na terra de Oz. Lá, ele conhece a bela bruxa Theodora (Mila Kunis), que inevitavelmente se apaixona por ele, além de acreditar que Oscar é o grande mago que todos esperam para salvar Oz das garras de uma bruxa má. 
Theodora leva Oscar para o palácio de Emerald City, capital de Oz e lá ele conhece a bruxa Evanora (Rachel Weisz), que lhe explica que ele só poderá assumir o trono e as riquezas de Oz, se conseguir derrotar a bruxa má. E com esse objetivo, Oscar sai em uma espécie de jornada atrás da suposta bruxa má. Mas acaba conhecendo Glinda (Michelle Williams) e descobrindo que ela é, na verdade, a bruxa boa e que Evanora quem está aterrorizando os Ozians. Theodora não é cúmplice de sua irmã, porém as coisas podem mudar, por causa de um coração quebrado.
"Oz: mágico e poderoso" é um daqueles filmes típicos da Disney. É engraçado, leve, visualmente bonito e cheio de metáfora inteligentes. Também é encantador e consegue se desvecilhar da tendência High School gótico/assassinatos sanguinários que as histórias clássicas estão recebendo nos últimos anos, porém, talvez pelo diretor (Sam Raimi), talvez por algumas sequências longas, o filme deixa a deseja quanto a profundidade. Profundidade que deixa a gente como meros espectadores, apesar de apreciadores animados pela beleza do filme.
Também vale ressaltar alguns tópicos abordados no filme, que fazem deste, verdadeiramente, um filme disneyano para família. Um deles é a luta entre o bem e o mal, que no filme inteiro mostra como é possível a convivência pacífica entre as duas, desde que não se opte apenas por uma. Outro é a crença e como ela é capaz de mover montanhas. A fé, por assim se dizer, mas sem tendências religiosas, apenas o acreditar, pela força que isso tem. 
A mudança também é um tópico interessantemente abordado, pois Oscar vê em Oz a possibilidade de ser grande, como havia sonhado, mas percebe que só poderá ser o que sonha, tornando-se uma pessoa melhor, uma pessoa boa, mas não necessariamente apenas e somente boa, mas ter a bondade em seu coração.
Alguns momentos também merecem ênfase, como a metamorfose de Theodora, a homenagem à Thomas Alva Edison e o macaquinho Finley, que dá uma cadência mais engraçada e serve como uma espécie de consciência de Oscar. Assim como a bonequinha de porcelana, EE que é adoravelmente espavitada.
Apesar de dentro da espectativa, redondinho e belíssimo visualmente, as opiniões são diversas e quem diz se vale a pena ou não é quem assiste. Para mim, valeu a pena.

Interessantes de março #1

Este mês tivemos tantas novidades e sugestões legais, que resolvi postar em duas partes, já que, provavelmente, vamos ter mais e mais links até o final do mês! Isso é ótimo, porque as notícias não se perdem e mais ainda, podem correr livres, leves e soltas por aí. Já sabem como funciona, clique no título, ou na imagem para ver a matéria na íntegra e a fonte.

Polaroingram

Uma polaroid com filtros do instagram e possibilidade de compartilhamento online saiu do projeto e agora será concretizada para 2014. Segundo o criador da câmera Socialmatic, ela tem duas lentes, uma para captura com filtros e uma para capturas normais. Tudo para tornar o digital um pouquinho mais real.


Inesquecível, Chaves

Para algumas pessoas a série de tv Chaves foi inesquecível. Se você é uma delas, provavelmente tem alguns episódios favoritos e o assunto veio à tona durante os 84 anos de Roberto Bolaños, criador da série. Quais são os seus favoritos? O pessoal do "Colherada Cultural" escolheu o seu top5. Você concorda com a seleção?

Marilyn e Macy's

A loja de departamentos estadunidense Macy's lançou este mês uma coleção baseada no estilo de Marilyn Monroe. Para quem não sabe, a loja já faz entregas para o Brasil, porém a coleção ainda não está no site. Daqui a pouquinho entra, vamos ficar na expectativa.


Brinquedos e Brincadeiras ao redor do mundo

O fotógrafo italiano Gabriele Galimberti viajou o mundo tentando capturar imagens de crianças junto com os seus brinquedos favoritos. A ideia era a de mostrar que a infância não tem barreiras sociais, econômicas ou religiosas. O que será que ele aprendeu com essa aventura?


Brechó da Alice

Alice Usava é um brechó online, cheio de coisinhas fofas e bem em conta. Com um domínio no blogspot e uma interface bem simples, o brechó oferece uns mimos como descontos e frete fixo de R$8,00. Se você gosta da aventura de procurar roupitchas por aí e com bons preços, fica a dica.

Tchetcherere ucraniano

Sucesso na net, principalmente entre os brasileiros, um ucraniano cantou a música "Balada boa" de Gusttavo Lima no The Voice do país. Os jurados curtiram, a platéia aplaudiu e tem muita gente dizendo que o ucraniano canta melhor que a cantoria original, concorda?


Mangas viajantes

Duas paraenses. Dois sonhos. Dois lugares. É assim que o blog Mangas para viagem, escrito por Anne Beatriz e Camila surgiu. Uma morando na Inglaterra e outra nos EUA, ambas queriam compartilhar com os curiosos e queridos como suas vidas estão nesses dois lugares tão diferentes entre si e tão diferentes do Brasil. Vale dá uma olhada e seguir as novidades.

Cabelos

Tem problemas para domar o seu cabelo? Bom, o blog da revista Glamour deu cinco dicas de penteados descomplicados para fazer quando a juba estiver aparentemente impossível e você tiver pouco tempo para ajeitar. Segui os passos e são facinhos de fazer ;)

Desenhe-me uma música

A artista francesa Nour Thorme tem uma pegada bem cultura pop, inspirada em músicas clássicas e hits contemporâneos, faz desenhos criativos. Isso mesmo. O projeto Draw me a song estiliza partes de canções muito conhecidas em desenhos criativos. O trabalho da moça vale a pena ser conhecido.

Rainha esquecida

Já reparou que na maioria dos contos de fadas as personagens principais são órfãs de mãe? Pois é, e como as versões disneyanas são baseadas nessas histórias, essas personagens não foram nem conceitualizadas nas animações. Porém sempre tem uma pessoa que pensa nessas coisas. Dessa vez foi a artista Serife, que está fazendo uma série de artes imaginando como seriam as mães das personagens disneyanas sem mãe.


Era uma vez...outra vez

Era uma vez um homem que se sentia muito solitário. Tinha ficado viúvo muito novo e então cada vez que criava alguma peça de madeira do seu trabalho de carpintaria, colocava muito amor. Especialmente uma peça criada a partir de um troco de pinheiro. Um boneco de madeira, com a forma de um menino. Sem filhos, o menino era a sua única companhia e vendo o carinho que o homem tinha com o boneco, uma fada se encheu de compaixão e deu vida ao boneco com a condição de que ele se comportasse e não mentisse, pois caso contrário não se transformaria em um menino de verdade e seu nariz cresceria e cresceria. Para que ele se comportasse, a fada colocou um grilo falante para ser a consciência do menino...

Com esse pontapé inicial, a peça de teatro "Encantados S.A" começa trazendo para todas as idades uma das histórias mais queridas de todo o mundo, sob uma releitura dinâmica, inteligente e que se deixa atualizar a cada nova montagem. Como a que aconteceu na última semana em Belém, sob a ótima direção de Bárbara Gibson, que também é autora da peça juntamente com Haroldo França. 
Em seu terceiro ano, "Encantados S.A" conquista pela sua história simples, porém cativante e de linguagem fácil, conseguindo dialogar com todos os públicos e arrancar muitas risadas de todos os espectadores. Com um roteiro bem amarrado, porém passível de atualizações (como referências a novelas e músicas atuais) a peça de teatro supreende com bons trocadilhos (como um pequeno príncipe literalmente pequeno, uma Jasmine duvidosa e um fado presidente) e claro, excelentes atores, que regem a história habilmente.
Seguindo numa espécie de "sequência" da história de Pinóquio, a peça conta como a vida do pequeno Noque muda, ao descobrir uma organização secreta de seres encantados, a OSSEAPEPROFOSOE - Organização Secreta dos Seres Encantados Aliados pela Proteção da Fantasia ou Simplesmente Encantados. Segundo Haroldo França a peça é especialmente querida aos adultos, pois "É uma metáfora do crescimento, uma homenagem às crianças que todos já fomos, e que de alguma forma ainda somos. O espetáculo tem um humor incrível e é especial.".
Infelizmente a temporada acabou, mas com certeza no ano que vem ela virá novamente, com muita novidade e, principalmente, muitas risadas. Para quem ficou orfão da peça, fale com a madrasta.

High School Rocker

Dando continuidade ao projeto 'filme para ouvir', vamos falar sobre "Bandslam". Filme vendido como uma espécie de High School Musical para roqueiros, Bandslam no Brasil foi chamado de "High School Band", mas de parecido com o quase homônimo, só a presença de Vanessa Hudgens no elenco, pois tnto a história quanto a trilha sonora são consideravelmente diferentes.

Bandslam narra a ida de Will Burton (Gaelan Connel) para uma nova escola/cidade. Lá, ele conhece Charlotte Barnes (Ally Michalka), uma garota popular, que desistiu da popularidade e de repente se tornou uma "desajustada". A amizade dos dois cresce consideravelmente depois que eles dividem seus gostos musicais e que Will se responsabiliza em ajudar Charlotte a melhorar sua banda para poderem competir no Bandslam, um concurso de música para bandas de colégio. É assim que nasce "I can't go on, I'll go on" (Eu não posso ir, eu irei - tradução livre).
Assim acompanhamos enquanto a banda se fortalesse com acordes de Cheap Trick e Steven Wynn & the miracle 3. E claro, algumas músicas autorais como a bela "Someone to fall back on". 
Paralelo a isso, Will conhece a esquisita Sa5m (Vanessa Hudgens), uma garota que gagueija e que disfarça seu problema falando de modo afetado. Os dois também se tornam muito próximos, porém o interesse de Will é outro. Ele se apaixona por ela. Apesar de seu jeito evasivo, Sa5m também se interessa por Will, mas fica desapontada quando descobre que ele nutre uma amizade muito especial com Charlotte. 
Apesar de ser uma boba história de amor, Bandslam guarda alguns tesouros em sua trilha sonora genial. David Bowie, Velvet Underground, Peter Bjorn e Honor Society. Isto sem falar da músicas autorais, como "Pretend" e "Someone to fall back on". As interpretações de canções como "Stuck in the middle", "Everything I own" e "Blizzard Woman Blues" mostram a qualidade musical do filme. Com certeza vale uma ouvida, principalmente se você curte Rock independente.
Ouça a trilha sonora online

Carrie e a Cidade

Ombreiras, paetês, "O clube dos cinco", "De volta para o futuro" e muito rock. A década de 80 estava recheada disso e muito mais. Cores, músicas, atitude, a liberação sexual cada vez mais latente e uma juventude que procurava um verdadeiro sentido para se sentir jovem. É nesse contexto que acompanhamos uma jovem Carrie Bradshaw descobrindo a cidade, o sexo e os caminhos que a levariam a uma das séries mais aclamadas da década de 90.


The Carrie Diaries narra a vida de Carrie Bradshaw durante a sua adolescência. Sua vida em família, o relacionamento com o jovem Sebastian Kiddy e o dia a dia com seus melhores amigos, Maggie, Mouse e Walt e nos conduz em uma versão de Sex and the City própria para o público adolescente, que assim como a jovem Carrie ainda estão descobrindo o sexo, as limitações e a si mesmos. Claro que, além da jovem Bradshaw também tomamos ciência de alguns dos dramas joviais mais escandalosos para a década, como a dúvida quanto a sexualidade de Walt e os desesperos sexuais de Meg, mostrando que assim como Sex and The City, o tema que norteia todos os outros dramas, é o sexo. Bem, o sexo e a cidade, pois também podemos nos envolver bem de próximo com o começo da trajetória de escritora de Carrie e os caminhos que a levaram até Manhattan.
Bom, a série está só no comecinho, mas já promete ter uma boa sobrevida, já que fala com um público jovem e ávido por novidades, ao mesmo tempo em que tem a abrangência de atingir os antigos adoradores da série da HBO estrelada por Sarah-Jessica Parker e companhia, pois temos personagens já conhecidos e queridos.
Outra característica que está muito forte nesta versão teen e que é herdeira da antiga, é a moda. Em Sex and the City os modelitos das quatro amigas ditaram moda por todo o mundo e até hoje ainda lembramos com carinho dos vestidos de Carrie e os terninhos de Samantha, em Carrie's diaries, apesar da moda da década de 80, suas peças foram pensadas cuidadosamente para que pudessem ser usadas nos dias de hoje, sem serem vistas como cafona. Muito pelo contrário!
Interessante ressaltar, que Walt, na série anterior, não tinha tanto destaque, apesar de sabermos que ele e Carrie são amigos de infância; enquanto que nessa história Walt não só tem destaque, como também parece ser crucial para o desenvolvimento da trama e, talvez, para mais tarde Carrie ter resolvido ser escritora em Nova York.

Por falar em Nova York, a cidade é muito mais que o cenário. A cidade participa da história, é capaz de inebriar, assustar e mudar os personagens. Coloca-os a prova em vários momentos, levando-os ao crescimento. Manhattan também pode criar uma nova vida aos personagens. Carrie pode ser mais do que a menina de 16 anos da cidade pequena, que veste suéteres fofos, pode ser a mulher decidida, com roupas transadas e que circula nos meios sociais mais badalados. A jovem loirinha cresce com a cidade. Cresce e aparece. E mesmo que a série já tenha "spoiler" é uma excelente pedida para quem quer se divertir, com um elenco bem introsado, cenas engraçadas e momentos de reflexão, sem afetação.

Novo Crepúsculo?

Bom, é assim que a divulgação de "Dezesseis Luas" está sendo feita. Como a descendente direta da lamentável, porém muito bem sucedida saga de Stephanie Meyer.

Primeiro acho interessante parar para pensar um pouco sobre como esses seres chegaram ao High School e parece que não sair mais de lá. Pelo que me lembro esse tema é recorrente desde meados da década de 90, quando uma caçadora de vampiros dormia pouco matando seres sobrenaturais e uma bruxinhas atrapalhada se metia em cada mancada, sempre aconselhada por seu gato preto Salem. De uma forma ou de outra, desde Buffy e Sabrina, cada vez mais nos encontramos apertados em um mundo onde o sobrenatural e a puberdade estão juntos num só pacote. Quando isso não acontece, são diretamente conectados à libertinagem e romances tórridos.
No entanto, e eu digo isso com muita alegria no coração, uma grata surpresa espera aqueles que esquecem seus preconceitos adquiridos com Crepúsculo e se aventuram em assistir "Dezesseis Luas".
Não, não pense você que o filme é algo inestimável e imprescindível de ser assistido no cinema, mas "Dezesseis Luas" surpreende por sua história de boa qualidade e seus personagens interessantes, e para quem, assim como eu, foi ao cinema sem qualquer expectativa e com certeza saiu com uma boa impressão do longa, e curioso para ler a obra original (caso não tenha lido ainda).
Basicamente, a história é um clichê ambulante e pode ser descrito como: um garoto de uma cidade pequena, se apaixona pela garota esquisita e com um passado misterioso. Eles vivem um romance cheio de altos e baixos, mas descobre-se que não podem ficar juntos por algum motivo sobrenatural. Ah sim, um dos dois tem algum poder incrível (substitua "poder incrível" por vampiro, anjo, bruxo, lobisomem...). Porém, "Dezesseis Luas" consegue amarrar a história e esse é o ponto que, principalmente, diferencia esta obra da de Stephanie Meyer. 
O filme, com quase 2h e meia de duração nos leva a passear por uma história de amor que se encontra balanceadamente com uma história de magia, onde ao fazer 16 anos um conjurador (ou feiticeiro) é chamado para um dos lados da "força". Ou ele será levado para o lado da luz, ou para o lado das trevas, sendo assim sua verdadeira natureza é despertada e talvez ele não pareça em nada com o que era antes da transformação. Só que com Lena a coisa é mais complicada, pois, sendo a filha da grande conjuradora das trevas, ela se encontra em meio a uma maldição e um romance intenso com um mortal.
A película segue, provando como o amor dos dois adolescentes é forte e o quanto eles estão destinados a ficarem juntos, mas mesmo com esse "lugar comum", o filme não deixa de ter algumas conversas inteligentes e muita interpretação dúbia. O casal se apaixona por quem são e entre bate-papos provocadores, o olhar afetado e esquisito de Edward Cullem fica envergonhado. Inclusive diálogos muito bem dirigidos por um galã adolescente que foge dos moldes "pré-determinados" e uma esquisita nada afetada, forçada e sem graça. Uma heroína de verdade! (pelo menos do que se espera desse tipo de história).
Além da própria história, o filme tem uma plasticidade muito linda. Uma espécie de gótico chique, onde figurinos, cenários e maquiagens dão o tom de excelência e bom trabalho visual. Os atores, muitos deles conceituados dão à trama um tom bem mais profissional do que era esperado e isso, aliado à todas as cenas que são construídas em um clima de constante mistério e magia, dão uma qualidade superior à Dezesseis Luas, se comprado a outros filmes "farinhas do mesmo saco". O filme só dá uma balançada mais forte na sua segunda parte, que chega a cansar um pouco, e as cenas de bruxaria entre Lena e Ridley, que ficaram bastante caricaturadas.

Vale ressaltar o trato do bem e mau dado na história. À princípio ela parece completamente preto no branco, ou seja, quem é bom é bom e quem é mau é mau. Não existe meio termo, quando a verdadeira natureza é despertada. No entanto vale a dica de prestar atenção na discussão (meio que entrelinhas) que a história levanta. Lena é a mais poderosa, não porque é filha de Sarafin, mas porque aceita seu lado das trevas, juntamente com o seu lado da luz. Penso que a sua personagem busca, muito mais o equilíbrio, do que a total entrega.
Outra questão interessante, também tratada de modo sutil é a questão do destino. Fica um pouco claro que todas as relações e enlaces que acontecem na trama são obra de algo pré-determinado, inclusive o romance de Lena e Ethan. O que não fica claro, porém, é se esse tema será desenvolvido mais à frente, já que ele pode dá muito pano para manga.
Triste, no entanto, pensar que uma história como esta está sendo vendida como "novo crepúsculo". Penso que talvez seja pela baixa bilheteria nos EUA, o que arrisca colocar o filme e seus projetos de sequência na geladeira por tempo indeterminado. Porém, está feito! E não, Dezesseis Luas não é o novo Crepúsculo. 

Don't you forget about them

Sejam bem vindos à detenção. Vocês não podem falar, não podem rir. Não podem se levantar e podem ter certeza de que eu estarei do outro lado do corredor observando todos os seus passos. Principalmente os errados. Durante a detenção vocês devem escrever uma redação de duas páginas sobre quem são e porque fizeram o que fizeram, para vir parar aqui.
Cinco adolescentes, cada um pertencente à uma panelinha, cada um com seus problemas, própositos e questionamentos. Cada um sem saber muito bem como responder a grande questão da redação: quem sou eu?

É assim que somos apresentados à Clarie, Johny, Andy, Ally e Brian cinco caricaturas de tipos, a princesa (ou rainha do baile do colégio), o criminoso, o atleta, a louca (ou caso perdido) e o cérebro. E à princípio é assim mesmo que parece que o filme caminhará, como um bom e velho High School Movie, onde ralas representações de pessoas, descobrem que podem desenvolver uma amizade entre si, quebrando todos os status quo impostos pelas panelinhas. Porém não é bem assim que a história se desenvolve.
Não, porque assim que o filme ganha fôlego, nós temos a oportunidade de acompanhar John provocando seus colegas. Perguntando sobre suas vidas pessoais e sobre seus "delitos" por estarem na detenção, sobre sexo, sobre seus pais e sobre seus medos. John também é o responsável por tirar todos os seus companheiros de suas respectivas zonas de conforto, levando-os no começo a um "destempero" e logo depois a revelações importantes sobre quem são e porque o são.
É aí que o filme começa a incomodar. Mas é um incômodo positivo. Daqueles que te deixam ansiando pelo desenrolar da trama e que te trazem algumas coisas para pensar e também para visualizar sobre essa geração da década de 80. Em essência, seria esse jovem que realmente procura um sentido em ser jovem, numa época em que lutar em guerras, manifestar-se contra elas ou ser rebelde não dava mais conta do que era ser adolescente. Então o que resta para esse jovem, se não viver uma vida de dúvidas, questões existenciais e entorpecimento social?
Não restaria nada...ah, mas esses cinco jovens são diferentes de todos os outros. São, porque encontram, a partir da relação entre eles, uma razão para ser jovem e uma razão para ser algo mais do que seus próprios estereótipos dizem. E é aqui que o filme quebra com algumas ideias pré-concebidas sobre o gênero High School, mas que hoje parece ser uma receita repetida diversas vezes na telona. O atleta, a rainha, o cérebro, o criminoso e a louca são mais do que todas essas coisas. Eles são todas elas.
Mas como um bom filme provocador, as coisas não poderiam simplesmente se resolver. Lembro-me de um excelente diálogo em que Brian questiona aos outros quatro se na segunda feira eles serão amigos. Claire responde que não é possível. Não é, porque seu grupo de amigos nunca vão aceitar os novos amigos da detenção. Não é, porque seus mundos são diferentes e foram feitos para ficarem afastados. Não é, porque um vai ficar com vergonha do outro e no final das contas, nada vai ter realmente mudado. 
E nada vai, realmente ter mudado. Pois a adolescência passa, os anseios da juventude também e no final das contas seremos os reflexos de nossos pais. Será mesmo?
Bom, o filme tenta desafiar essa ordem das coisas, deixando um final em aberto (com uma sensacional música ao fundo), onde afirmações de estereótipos parecem não caber mais. Talvez dando a entender que, a partir do contato que tiveram uns com os outros, eles tiveram a chance de se desvencilhar dos papeis que achavam que tinham sido desenhados para viver

No final das contas não importa se você é apenas mais um indíviduo visto sob rótulos, ou s ena segunda feira tudo vai parecer exatamente como era na sexta. Pessoas que não se falam e vidas que não se cruzam. Porque em algum momento essas pessoas se falaram e suas vidas se cruzaram. E da maneira que isto aconteceu, deixou marcas muito mais profundas do que um brinco de diamante e uma redação que diz:
"Caro Sr. Vernon, aceitamos o fato de que nós tivemos que sacrificar um sábado inteiro na detenção pelo que fizemos de errado ... e o que fizemos foi errado, mas acho que você está louco por nos fazer escrever este texto dizendo-lhe o que pensamos de nós mesmos. Que te importa? Você nos enxerga como você deseja nos enxergar ... Em termos mais simples e com definições mais convenientes. Você nos enxerga como um cérebro, um atleta, um caso perdido, uma princesa e um criminoso. Correto? Essa é a maneira que nós nos víamos, às sete horas desta manhã. Passamos por uma lavagem cerebral. Atenciosamente: O Clube dos Cinco"