Cara de papel

Nos dias de hoje, poucas coisas nos arrancam suspiros e fazem a gente pensar positivamente sobre a vida. Para mim, uma dessas coisas é o cinema e a magia que ele tem. Ela me encanta, me envolve e me dá algumas lições que servem para vida toda. Também consigo entender algumas coisas, que noutras circunstâncias talvez nem tivesse contato e, se não fosse o cinema, nem mesmo teria pensado sobre ela.
Esse suspirar se intensifica quando assisti a um filme em animação. Parece, para mim, que o desenho se mexendo, criando vida e se desenrolando em um enredo tão bonito e tangível é uma das coisas mais bonitas do mundo. Não só pelo desenho ser belo, ou por ser colorido e muitas das vezes ter uma musiquinha bonitinha envolvida. Não. A Animação me encanta pelo inanimado que ganha vida. Pelo sonho que se torna realidade em alguns traços, pela técnica minuciosa e característica daquela linguagem...mas principalmente, por que é só na animação que podemos nos permitir construir herois.
Não sei se entendem o que eu quero dizer com isso, então explico. Em filmes com atores de carne e osso, por mais que você seja transportado para aquela história e que realmente aprenda algo ou mesmo se identifique com ela, no final é só a Jennifer Lawrence de Kat, a Amy Adams de Giselle ou a Anne Hathaway de Mulher Gato. No final das contas são atores, fingindo ser alguém. Na animação isso não acontece. São personagens que são eles mesmos. Não podem tomar outra forma, mesmo que tentem, porque foram desenhados, criados e coloridos para serem aqueles personagens. Para serem herois, heroinas e vilões. E ninguém vai poder substituir a Minnie, mesmo que façam um filme com uma rata supercrescida.
Para ilustrar o que eu falei aqui, tanto sobre os suspiros, quanto sobre os personagens únicos, tem um vídeo de um curta da Disney chamado Paperman. Espero que gostem e que pensem um pouco mais sobre a magia da animação e não tanto ela como um filme para crianças...

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